Polícia ouve 7 pessoas sobre morte de mãe e filhas na BA; suspeita é de envenenamento

Foto: Reprodução/TV Bahia

Sete pessoas, entre parentes e conhecidos da mulher e das duas filhas dela que morreram em menos de 15 dias após sentirem um mal-estar, foram ouvidas pelo titular da delegacia de Maragogipe, no recôncavo baiano, numa acareação realizada na quinta-feira (20). A informação é da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).

De acordo com a SSP, os convocados prestaram depoimento juntos, ao delegado Marcos Veloso, titular da cidade. Conforme o órgão, ainda não há suspeitos sobre o caso e as investigações continuam.

Mãe e filhas morreram em um intervalo de 15 dias após apresentarem mal-estar com sintomas parecidos. O caso ocorreu entre julho e agosto deste ano. Durante o período, o cachorro de estimação das vítimas também morreu. O pai das meninas é o único sobrevivente da família.

Caso

A primeira morte registrada foi a de Greicy Kelly, 5 anos, no dia 30 de julho. A menina chegou a ser levada para o um hospital na cidade de São Félix, ao lado de Maragogipe, mas não resistiu.

Em seguida, no dia 6 de agosto, a irmã dela, Ruth Santos da Conceição, de 2 anos, também passou mal. No dia 13 de agosto, a mãe das meninas, Adriane Ribeiro Santana Santos, também teve um mal-estar. As duas foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Maragogipe, mas também não resistiram.

O pai das crianças, identificado como Jeferson Brandão, já foi ouvido pela polícia. De acordo com o delegado Marcos Veloso, o homem estava abalado e negou envolvimento nas mortes.

A Polícia Civil investiga se um líquido e um chocolate podem ter provocado a morte das vítimas. O material foi encontrado na casa da família e passou por testes. Os laudos ainda não ficaram prontos.

No dia 27 de agosto, a Justiça autorizou o pedido de exumação do corpo da menina de 5 anos, que foi realizado no dia 5 de setembro pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). A irmã dela, também teve os materiais analisados.

Como ela foi a primeira a morrer, o caso dela foi classificado como morte natural. Só após o falecimento da irmã e da mãe foi que a polícia passou a suspeitar de envenenamento.

Inicialmente, a polícia tinha divulgado apenas a exumação de Greicy Kelly. No entanto, durante a realização do procedimento, o delegado Marcos Veloso, responsável pela investigação, informou que a irmã da menina, Ruth Santos da Conceição, de 2 anos, também seria exumada.

O procedimento foi realizado no Cemitério de Nagé, povoado de Maragogipe, onde a família foi enterrada. Não foi preciso fazer a remoção dos corpos. Os técnicos colheram amostras no local e levaram para análise. Os resultados também não ficaram prontos.

Material será recolhido no próprio cemitério, e corpo não precisará ser levado para o DPT — Foto: Giana Mattiazzi/TV Bahia

Material será recolhido no próprio cemitério, e corpo não precisará ser levado para o DPT — Foto: Giana Mattiazzi/TV Bahia

Meninas morreram com intervalo de uma semana — Foto: Reprodução/TV Bahia

                                                    Meninas morreram com intervalo de uma semana — Foto: Reprodução/TV Bahia

*G1



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