Com seis rotas para transporte, Feira de Santana teve maior crescimento industrial da Bahia

 

Foto: Reprodução/TV Bahia

Feira de Santana é a cidade da Bahia com o maior crescimento industrial no estado nos últimos dez anos. A expansão é explicada pela localização do município. Cortada por seis rodovias, sendo três federais (BR-324, BR-101, BR-116) e três estaduais (BA-052, BA-502 e BA-503), o município é um dos maiores e mais importantes entroncamentos rodoviários e centros logísticos do Brasil.

Neste sábado (25), a TV Bahia exibiu a terceira reportagem do projeto “Avança”, que trata sobre o desenvolvimento econômico do estado, e mostra segmentos que são destaque, setores com alta produtividade, exemplos de negócios e utilização de tecnologia.

Passam em Feira de Santana os produtos que saem do oeste agrícola, da fruticultura do norte e das indústrias do sul e do sudeste. Com isso, a maioria dos produtos que entra em Salvador, por terra, precisa passar na cidade, que é conhecida como “Princesinha do Sertão”.

O setor de serviços, que responde por dois terços da economia do estado, chega a 74% em toda a região de Feira de Santana.

Um pátio de triagem, instalado em um trecho da BR-324 que fica na cidade, é um exemplo da importância da localização da cidade e do impacto da logística do transporte na economia da região.

Os caminhões com soja, que vêm do oeste baiano, param na cidade para esperar a autorização de descarga no Terminal Portuário Cotegipe, na Baía de Aratu, já na região metropolitana. O fluxo no local chega a 400 caminhões por dia.

“A safra sendo boa, a gente tem um bom movimento aqui, que vai de 7 a 8 meses”, conta Wellington de Souza, gerente do pátio.

Consumidores de pelos menos 80 municípios vizinhos de Feira de Santana fazem compras na cidade, que também é sede de grandes empresas, como uma atacadista de alimentos que tem mais de 500 colaboradores.

A empresa tem três unidades de onde saem mercadorias que abastecem quase toda a Bahia. O dono, o empresário Roque Santos, conta que a ideia de criar o negócio surgiu com o pai dele, há 35 anos.

“Abrimos uma venda balcão, depois vimos oportunidade de colocar venda externa, botamos um vendedor para rodar a Bahia toda e hoje nós fazemos entregas semanalmente em todo o estado da Bahia”, disse o empresário Roque Santos, dono da empresa.

Na década de 1980, a criação do extinto Centro Industrial do Subaé (CIS) proporcionou a instalação de muitas empresas de pequeno, médio e grande porte. Entre elas, uma fábrica de pneus, que chegou no município há 33 anos. Na época, a economia da região ainda era a oitava da Bahia.

Atualmente, a unidade é uma das três existentes no país e é a maior exportadora de Feira de Santana. A empresa representa 80% das exportações da cidade.

“A localização contribui, porque nós estamos próximos de Salvador, onde temos um porto, onde pode ser exportado, e outras empresas na região que recebem os nossos produtos”, conta o diretor da fábrica, Edilson Conceição.

Além dela, há também uma fábrica de borracha no município. Com matriz no Rio Grande do Sul, a empresa tem três unidades em todo o Brasil, mas a de Feira de Santana é a maior. Ela funciona 24 horas e tem mais de mil funcionários.

“Quando eu cheguei, eu tinha 18 anos, era um menino. Eu era terceirizado. Aqui, mesmo [no setor] não tinha nada. Hoje eu trabalho aqui, com muitos robôs, prensas, muitas máquinas”, falou o eletricista Paulo Henrique Oliveira.

Implantada há 11 anos, a unidade se consolidou como uma das maiores do Brasil no segmento de borracha, com produção de quase 5 mil toneladas por mês.

“É uma fábrica que iniciou sua operação em 2008. Uma das mais modernas do Brasil na produção de compostos de borracha. Classe AAA. É a menina dos olhos da companhia”, conta Marcelo Moreto, gerente industrial da fábrica, que faz questão de explicar o porquê.

“Feira de Santana está geograficamente muito bem posicionada. Aqui nós temos o maior entroncamento rodoviário do norte e nordeste, tem muitas escolas técnicas, muitas faculdades, o que facilita a obtenção de mão de obra qualificada para operação da fábrica”, disse.

Fonte G1 Bahia



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