Salvador: mulher que morreu após guardrail atravessar carro em acidente é enterrada

A mulher que morreu após um guardrail atravessar o carro em que ela estava, em uma batida ocorrida na Av. Paralela, em Salvador, foi enterrada na tarde desta quarta-feira (4). O filho dela, um bebê de três meses, e o marido, de 36, sobreviveram ao acidente.

Familiares e amigos se despediram de Ana Carolina Andrade, de 32 anos, em uma cerimônia ocorrida no cemitério Bosque da Paz, no bairro de Nova Brasília, na capital. A aproximação da imprensa não foi permitida.

A criança e o pai foram socorridos e levados para o Hospital São Rafael. Não há informações atualizadas do estado de saúde deles.

Acidente

O acidente aconteceu na manhã de terça-feira (3), na altura da entrada do bairro da Paz, sentido aeroporto, na Avenida Paralela, uma das principais vias de Salvador. O carro em que a família estava bateu no guardrail após ser atingido por outro veículo. Não há mais detalhes das circunstâncias do acidente e nem do automóvel e do condutor do outro carro envolvido na ocorrência. Ana Carolina morreu no local.

O bebê dela, identificado como Caio, recebeu os primeiros socorros de um funcionário das obras do metrô de Salvador. Erick Mascarenhas, 22 anos, foi o primeiro a chegar ao carro onde estavam as vítimas.

Uma foto dele com o bebê no colo, em frente ao veículo destruído após acidente, causou comoção. O guardrail chegou a atingir a cadeirinha onde o bebê estava, mas não pegou na criança.

Erick disse que possui curso de primeiros socorros e, ao ouvir o barulho da batida, deixou o trabalho e atravessou cinco faixas da pista, com o auxílio de moradores da região, que pararam o trânsito, para ajudar as possíveis vítimas.

“Eu fiquei super nervoso porque eu também sou pai de uma menina de dois anos e seis meses e me coloquei no lugar de pai. Fiz a retirada da criança de dentro do carro, pedi ajuda. Não sabia o que fazer na hora porque fiquei perdido entre a ação e emoção, mas consegui deixar a emoção de lado e agir com a razão”, contou.

Erick disse que, apesar do bebê estar na cadeirinha de segurança, a criança chorava bastante.

“Eu quebrei o cinto de segurança. Uns cinco minutos depois que tirei ele [da cadeirinha] percebi que ele estava parando de chorar e ficando “rosinha”. Eu percebi que as vias respiratórias dele estavam obstruídas, então fiz a manobra [para desobstrução de vias aéreas] e consegui reverter. Imediatamente, o Samu estava vindo ao nosso encontro e entreguei o bebê a unidade que estava no local”, relatou.

Erick disse que achou que o acidente fosse um caso simples, até se aproximar do carro e ver os feridos dentro do veículo.

“Quando cheguei perto que fui entender o que tinha acontecido e que o guardrail estava atravessado dentro do carro, eu perdi o chão quando olhei para dentro e vi o pequeno Caio [o bebê]. Eu vi a mãe, eu fui para socorrer ela, mas quando olhei para trás e vi o pai e o pequeno Caio, tive que socorrer a criança. Depois voltamos [ao ponto do acidente] fizemos [ele e os colegas de trabalho] todas as manobras para poder reanimar ela [mãe da criança], para ver se ela ficava bem, mas, infelizmente, não conseguimos”, lamentou.

*G1



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