Em discurso permeado pela polaridade “nós”, os pobres que trocaram “coxão duro por filé”, contra “eles”, a elite que não suportaria tamanha ascensão social, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 71, deu o tom que deve adotar pelos próximos meses.
Recém-condenado na Lava Jato, o petista vem testando uma oratória que se contrapõe ao “Lulinha paz e amor” predominante em sua primeira campanha presidencial vitoriosa, em 2002.
“Fico pensando: se nós fizemos tanto bem, por que essa gente não nos quer? Por que essa gente nos odeia? Não é por causa do vermelho, porque o sangue deles é vermelho. E a vergonha deles também”, disse o ex-presidente neste sábado (15), no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que sediou a posse da nova diretoria do PT Diadema.