Sonora Brasil abre espaço para música indígena de todo país

Projeto chega à Santo Antônio de Jesus no dia 22 de julho com a apresentação no Sesc. Grupo Wiyae. Foto: Evelson de Freitas

Promovido pelo Sesc, o Sonora Brasil – maior projeto de circulação musical do país – chega à sua 22ª edição e em 2019 apresenta o tema “A Música dos Povos Originários do Brasil”, que mostra um pouco da diversidade musical e estética dos povos indígenas. Na Bahia, a circulação do projeto acontecerá de 19 a 29 de julho e, além da capital baiana, passa por Barreiras, Feira de Santana, Jequié, Paulo Afonso, Porto Seguro e Santo Antônio de Jesus. Em Santo Antônio de Jesus, a apresentação será no dia 22 de julho, às 15h, na unidade do Sesc com entrada franca.

A temática dos povos originários será apresentada ao longo do ano por meio de quatro circuitos, sendo em julho o 1º circuito com o grupo Wiyae, que traz em seu repertório, além de músicas do povo Tikuna, composições próprias e músicas de outros povos indígenas recolhidos em pesquisas, que serão apresentadas a partir de recriações e arranjos artísticos. Wiyae significa canto na língua Tikuna, e o grupo é formado por DjuenaTikuna, Magda Pucci, Diego Janatã e Gabriel Levy especialmente para o projeto Sonora Brasil.

Através do projeto, o público terá a oportunidade de conhecer um pouco da diversidade das manifestações sonoras indígenas, presentes em ritos e festejos. Com cantos, danças e instrumentos de cordas, sopro e percussão, grupos tradicionais apresentam suas tradições culturais e cotidiano das aldeias. Já o grupo Wiyae apresentará um repertório de arranjos elaborados com utilização de instrumentos musicais não indígenas e o trabalho composicional e artístico de uma indígena da atualidade, mostrando as novas perspectivas sobre identidade cultural desses povos.

O PROJETO – O Sonora Brasil chegou à sua 22ª edição com números que justificam o título de maior iniciativa brasileira de circulação musical. Já alcançou 750 mil pessoas, com 6.098 concertos, de 85 grupos, em mais de 150 cidades brasileiras. Ao todo, 431 músicos já se apresentaram no circuito, que a cada biênio aborda duas temáticas diferentes e promove a circulação dos artistas por todas as regiões brasileiras. “Há 22 anos, o Sonora Brasil desperta o interesse do público para expressões musicais identificadas com a história da música brasileira, apresentando grupos que estão fora dos grandes centros culturais. Durante dois anos os artistas se revezam pelo país, percorrendo todas as regiões, em extensa programação cultural”, explica Gilberto Figueiredo, analista de cultura do Departamento Nacional do Sesc.

Uma curadoria formada por profissionais do Sesc de todo o país é responsável pela escolha dos temas e grupos que integram a programação do projeto, que busca despertar um olhar crítico sobre a produção e sobre os mecanismos de difusão da música no país, incentivando novas práticas e novos hábitos de apreciação musical, promovendo apresentações de caráter essencialmente acústico, que valorizam a autenticidade sonora das obras e de seus intérpretes e contribuem para a memória da cultura musical brasileira. “O Sonora privilegia temas que mantenham as raízes da música brasileira e que não tenham uma abordagem recorrente na mídia. Este ano estamos indo além, reforçando a importância do olhar diferenciado para a música feminina e indígena”, conclui Gilberto.

Grupo Wiyae – O grupo Wiyae é formado por Djuena Tikuna (nascida em Umariaçu, nas “fronteiras” do Brasil, Peru e Colômbia, Djuena —“a onça que pula no rio”— canta a cultura do seu povo, mantendo viva a sua história), Magda Pucci (cantora, arranjadora, compositora, educadora musical e pesquisadora das músicas de vários povos há 23 anos. Diretora musical do Mawaca, grupo de São Paulo que recria músicas de diferentes tradições do mundo), Diego Janatã (maranhense que tem viajado por diversas comunidades indígenas, por todo o Brasil, pesquisando e registrando a musicalidade dos povos das florestas e também o som dos tambores das comunidades quilombolas e tradicionais do Maranhão e de outras partes da Amazônia) e Gabriel Levy (arranjador, compositor, educador e produtor musical. É acordeonista do Mawaca e já atuou em shows e álbuns ao lado de importantes artistas brasileiros dos mais diferentes estilos).

Para saber mais sobre o Sonora Brasil: http://www.sesc.com.br/sonorabrasil

Link de fotos em alta: http://bit.ly/Sonorabrasil2019

Link de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Ztjzw-iNBrU

 



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