Único time da Bahia, Vitória Futebol Americano não se preocupa com falta de federação

O futebol americano é um esporte que vem crescendo no Brasil. Com o televisionamento de jogos da NFL – campeonato americano da modalidade – no país, o número de praticantes vem aumentando de forma significativa. Na Bahia, no entanto, existe apenas um time, o Vitória Futebol Americano, o que inviabiliza, por exemplo, a criação de uma federação estadual.

Para a criação de uma entidade como essa, há a necessidade de pelo menos três times com CNPJ ativo. Para Luciano Araújo, presidente do Vitória Futebol Americano, única equipe de Salvador, isso não atrapalha o crescimento do esporte. “Eu acredito que criar uma federação geraria mais conflitos, pois é algo muito político. No soccer [futebol] esses conflitos são muito vistos. No momento, como só temos nós, talvez não seja interessante”, disse o dirigente, em entrevista ao Bahia Notícias.

De acordo com o mandatário, o trabalho ainda é voluntário e feito por pessoas que amam o esporte, o que favorece a não necessidade de uma federação. “No final das contas, as federações nada mais são do que quem organizam campeonatos locais, mas seguem a mesma estrutura do que temos nos times: pessoas que trabalham voluntariamente para que a coisa aconteça”, explicou.

Apesar de não existir uma federação na Bahia, uma liga organiza os campeonatos. Trata-se da Liga Nordestina de Futebol Americano (Linefa), que cuida da organização do esporte na região. Vice-presidente do Vitória FA, Thiago Silva tem o cargo de 1º secretário na entidade.

O Vitória FA é uma junção de duas equipes rivais da capital baiana: os antigos Vitória All Saints e Salvador Kings. Segundo Luciano, o clube dá um apoio pequeno à prática do “football”, mas que já é uma boa ajuda. “Herdamos a parceria do All Saints e mantivemos isso em 2015, mesmo sem muita ajuda do clube. Basicamente o auxílio do clube é o oferecimento do campo lá no Barradão e a cessão da marca Vitória, que é muito importante para ganharmos uns torcedores”, comentou o mandatário.

O fato do Vitória FA ser o único time “profissional” da Bahia atrapalha um pouco, por não dar um calendário regular para a equipe. “Nosso ano só começa em julho, quando tem início o Campeonato Brasileiro. Pernambuco, por exemplo, tem equipes suficientes para fazer um estadual”, lamentou.

Na contramão da ajuda do Leão há uma alegada negligência do poder público, que é a maior reclamação do presidente rubro-negro. “O poder público não ajuda. Na prefeitura não há uma secretaria de esporte. Nós como contribuintes queremos assistir um entretenimento diferente do futebol. Nossos jogos têm média de 700 torcedores, mas aqui não é muito divulgado”, reclamou. (Bahia Notícias)



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