Além dos gritos nos tiros de meta, a estreia também contou com vaias vindas da arquibancada do Morumbi. Ao fim do primeiro tempo, quando o placar ainda era de 0 a 0, o público de 47.260 torcedores presentes demonstrou de forma sonora com a atuação da equipe até aquele momento. Até um “fora, Tite” foi ouvido no setor mais próximo à tribuna dos jornalistas.
O descontentamento, porém, durou pouco. Logo no início do segundo tempo, Coutinho marcou dois gols e abriu caminho para a vitória do Brasil por 3 a 0. Ao fim da partida, o meia-atacante do Barcelona considerou normal a reação dos torcedores.
– Faz parte, a torcida quer que a gente ganhe e jogue bem, por isso a cobrança. Queremos sempre o apoio, mas estamos focados no jogo. Vaias ou aplausos… O importante é estar blindado, fazer bons jogos e classificar – disse Coutinho.
Até os gols, porém, só o VAR havia levantado o torcedor de seu assento muito bem pago – os ingressos para a abertura variaram entre R$ 190 e R$ 590.
Por duas vezes, o árbitro argentino Nestor Pitana parou o jogo para consultar o vídeo. Na primeira, deu cartão amarelo para Saucedo Pereyra por um braço que acertou Casemiro. Enquanto ele julgava se o lance valia vermelho, a primeira ola apareceu no estádio são-paulino.
Na segunda vez, assinalou o pênalti por toque de mão de Jusino Cerruto. Festa nas arquibancadas e gritos de “Coutinho”, que correspondeu com o gol de pênalti. E logo depois, com outro de cabeça. A alegria se repetiu no gol de Everton, já mais perto do fim do jogo.
Considerada a mais exigente do país, pelo histórico de rusgas com o time canarinho, a torcida paulista repetiu o padrão de várias outras pelo país com parte do Hino Nacional cantado à capela, gritos bem-humorados que já se tornaram parte da tradição (como o que “Messi não tem Copa, quem tem Copa é o Vampeta”) e os gritos homofóbicos contra o goleiro boliviano Carlos Lampe.
Fonte GloboEsporte.com