Dia do Jornalista: conheça os desafios da profissão

Em um país globalizado, em meio a avanços tecnológicos e bombardeio diários de informações, o jornalista tem papel crucial na produção de notícias que informam e formam a sociedade brasileira. A responsabilidade com a apuração do conteúdo disseminado só aumenta em tempos de Redes Sociais. Uma espécie de “tradutor” entre fatos e realidade, os jornalistas exercem papel de extrema importância para a sociedade, especialmente as democráticas.

A gama de atuação cresce a cada dia. O profissional desta área pode atuar com web, televisão, revistas, jornais impressos, rádio e assessoria de comunicação integrada para pequenas e grandes empresas. Segundo os dados do site de bolsas de estudo Educa Mais Brasil, baseado no portal CAGED (Ministério do Trabalho), a média salarial é de pouco mais de R$ 3 mil. O curso de Jornalismo tem duração de quatro anos.

Hoje, 7 de abril, dia em que é comemorado o dia do Jornalista, vale a pena refletir sobre o que leva as pessoas a escolherem essa profissão. Existe um perfil ideal para optar por esta carreira? Maicon Douglas, bolsista do Educa Mais Brasil, comenta o motivo da escolha. “O Jornalismo tem muitas características que eu gosto. Tenho facilidade em me comunicar e gosto muito das áreas de Política e História”, comenta entusiasmado o estudante do 1º semestre de Jornalismo, na Unime.

Já para Nathalia Santos, uma jovem de 25 anos, negra e cega, escolher o jornalismo foi uma forma de resistência. Ex-integrante do programa ‘Esquenta’, foi estimulada por uma produtora a seguir o caminho do Jornalismo. “Sempre fui apaixonada pelas pessoas, então eu entrevistava, contava histórias e escrevia um texto para cada pessoa que eu conhecia”, relembra.

Além do despreparo de alguns professores e instituição de ensino para lidar com alunos com necessidades especiais, Nathalia teve que enfrentar, muitas vezes, a resistência dos colegas. “A faculdade não tem material didático adaptado. Existe também o preconceito. A partir do momento em que você tem uma aula modificada por conta da dificuldade de um determinado aluno, nem sempre todos compreendem e aceitam. Isso foi muito marcante”, comenta.

As dificuldades não deixaram a jornalista se abalar. Foi preciso resistir ao sistema, levantar a cabeça, acreditar na capacidade e assim vislumbrar o sonhado horizonte. “A fé em Deus e o apoio da minha família foi essencial”, reconhece agradecida a primeira integrante da família a conquistar a graduação superior. “Essa vitória não é só minha, é uma vitória dos meus pais, meus irmãos e meus tios. É motivo de orgulho para todo mundo. A oportunidade que meus pais não tiveram, eles buscaram me dar. Para nós este momento é um divisor de águas.

 

*A Tarde



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