Audiência pública na AL-BA discute reforma da previdência e dívida pública do Brasil

Foto: Michel Doria

A Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) fez uma audiência pública nesta quarta-feira (4) para discutir a reforma da previdência e a dívida pública brasileira. Durante o encontro, os participantes disseram que o favorecimento do mercado financeiro pelo governo do país é crucial no endividamento nacional. “O discurso do governo federal, e que a imprensa passa, é sempre sobre o aumento da inflação. Mas a opção que se escolhe para conter a inflação é responsável pelo aumento exponencial da dívida pública: as taxas de juros”, afirmou a economista Priscila Martins, coordenadora do núcleo baiano da Auditoria Cidadã da Dívida. Para ela, a dívida pública tem vários aspectos praticados com mecanismos privados: “Ou seja, a dívida pública tem sido mais privada do que pública”. Já segundo o administrador Bernardo Cortizo, que também integra o movimento Auditoria Cidadã da Dívida, o discurso de austeridade fiscal retira “recursos do bem estar humano e transferem para o capital financeiro”. De acordo com a presidente da comissão, deputada Luiza Maia (PT), “os banqueiros têm ficado com a maior fatia do orçamento público”.  “O povo, escolas, igrejas, todos precisam ter acesso a esse debate. No país, mais de 45% dos gastos são para pagar a dívida, enquanto Saúde e Educação, juntas, não passam de 5%”, afirmou. Especialistas avaliaram também que o corte dos juros excessivos na política econômica do governo Temer seria a reforma ideal para o país melhorar. “A luta é desigual. O governo está usando nosso dinheiro para mentir sobre as reformas. Por isso, não podemos abrir a guarda às reformas neste momento. Porque se elas forem aprovadas a vida dos brasileiros vai piorar”, apontou Denise Carneiro, da coordenação nacional da Auditoria Cidadã da Dívida.

*BN



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