Latam demite funcionário que aparece em vídeo machista na Rússia

https://www.youtube.com/watch?v=MHpAHKhvk_A

A companhia aérea Latam demitiu nesta quarta-feira (20) um funcionário que aparece em vídeo constrangendo estrangeiras na Rússia. Na imagem, aparecem pelo menos três torcedores brasileiros na Copa do Mundo pedindo para que as mulheres repitam frases de cunho sexual, incluindo “Eu quero dar a… para vocês”.

O brasileiro foi identificado como Felipe Wilson, funcionário da Latam que trabalho no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. “A LATAM Airlines Brasil repudia veementemente qualquer tipo de ofensa ou prática discriminatória e reforça que qualquer opinião que contrarie o respeito não reflete os valores e os princípios da empresa. A partir deste pressuposto, a companhia informa que tomou as medidas cabíveis, conforme seu código de ética e conduta”, diz a empresa, em nota.

Vídeos de brasileiros tendo comportamentos machistas na Copa da Rússia viralizaram nas redes sociais. O primeiro traz um grupo de torcedores com uma estrangeira gritando “b… rosa”.

Identificados
Um policial militar de Santa Catarina está entre os brasileiros que aparecem em um vídeo em que um grupo aparece constrangendo de maneira machista uma mulher na Rússia. Eles fingem cantar um hino de torcida, mas usam palavras de baixo calão para a mulher, que não fala português e repete o que é dito de maneira inocente. A mulher ainda não foi identificada e não se sabe qual sua nacionalidade.

O PM em questão é o tenente Eduardo Nunes, da cidade de Lages. A corporação confirmou que se trata do PM e diz que assim que ele retornar para Santa Catarina terá sua “conduta irregular” investigada em um processo administrativo disciplinar.

“A corporação não corrobora com este tipo de atitude que é incompativel com a profissão e o decoro da classe, previsto no regulamemto disciplinar, independentemente de estar em período de férias, folga de serviço ou qualquer outra situação de afastamento, devendo portanto, responder por suas atitudes”, disse a PM em nota.

Outro homem que aparece no vídeo foi identificado como Diego Jatobá, advogado e ex-secretário de Turismo de Ipojuca (PE). A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) fez um ato de repúdio em relação ao vídeo ontem. O vídeo também motivou uma nota de repúdio da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE).

Outro é o engenheiro civil Luciano Gil Mendes Coelho. Em entrevista ao G1, ele reconheceu o erro e argumentou que o grupo bebeu mais do que deveria. Além dele, já foram identificados Diego Jatobá, advogado e ex-secretário de Turismo de Ipojuca, em Pernambuco, e Eduardo Nunes, que é tenente da Polícia Militar de Lages, em Santa Catarina.

No vídeo, eles fingem cantar um hino de torcida, mas usam palavras de baixo calão para a mulher, que não fala português e repete o que é dito de maneira inocente. A mulher ainda não foi identificada e não se sabe qual sua nacionalidade.

Luciano é ex-membro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI) e possui uma empresa de engenharia no mesmo estado. “Já pedi desculpas a todas as mulheres. Todos nós somos seres humanos e erramos e além disso não conhecíamos ninguém, bebemos um pouco mais da conta e foi isso. Alguém que não conheço filmou. Mas aqui todos estavam brincando e todos entendem a agitação, mas mulheres realmente tem razão em questionar”, declarou o engenheiro ao G1.

Já em entrevista para o Uol, o empresário minimizou a situação e tratou como exagero a repercussão. “Somos pais de família, trabalhadores e vocês estão acabando com a vida da gente… Quem está brincando carnaval exagera um pouquinho na bebida e às vezes passa do ponto. Peço desculpas às mulheres que possam ter se sentido ofendidas, mas estão transformando um copo d’água em uma tempestade”, disse ele.

Ele também não detalhou o contexto em que o vídeo foi feito e nem a cidade onde aconteceu o fato. “Não foi feita coação, nada ali foi forçado. Tinha mais de 40 meninas ali e os próprios russos que tinham namoradas colocavam elas na brincadeira de livre e espontânea vontade. Só ganhou essa conotação porque aconteceu aqui na Rússia, mas se fosse na favela ou no carnaval, seria considerado normal”.

*Correio



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia