Justiça ouve sete testemunhas do caso do artista plástico morto em ação policial na BA

A Justiça da Bahia ouviu nesta sexta-feira (14) sete testemunhas do caso do artista plástico Manoel Arnaldo dos Santos, de 61 anos, que foi morto durante uma ação policial, na cidade de Candeias, na região metropolitana de Salvador.

Três policiais militares são acusados pelo crime. Eles foram inidiciados pelas Polícias Civil e Militar e denunciados pelo Ministério Público do estado por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

A audiência realizada nesta sexta ocorreu no Fórum de Candeias. As testemunhas começaram a ser ouvidas por volta das 9h30. Familares da vítima, que era conhecida como Nadinho, acompanharam a audiência. Entre eles, estavam os filhos e a mulher do artista.

“Não deixa de ser doloroso para a gente. Está caminhando, mas, cada nova etapa, mexe com a gente de novo. É como se a gente tivesse lembrado tudo de novo, tudo que aconteceu com painho. Isso dói e machuca com a gente”, contou Marise Marinho, filha do artista.

Além deles, os policiais militares acusados também assistiram à audiência. Eles estavam acompanhados do advogado deles, Ivan Jezler.

Dez testemunhas foram convocadas para esta sexta, mas três não compareceram. Por isso, uma nova audiência foi marcada para o dia 9 de novembro. Só depois de ouvir as testemunhas que o juiz vai interrogar os acusados.

Caso

Paróquia de Candeias lamentou morte do artista — Foto: Reprodução/Facebook

Paróquia de Candeias lamentou morte do artista — Foto: Reprodução/Facebook

Nadinho tinha 61 anos, era casado e pai de quatro filhos. Na noite do dia 21 de abril, ele foi abordado por agentes da Polícia Militar dentro de casa, localizada na 2ª Travessa 31 de Março, em Candeias. Segundo relato de familiares da vítima, os policiais chegaram ao local já atirando. O artista plástico morreu após ser atingido por um único tiro, que atravessou o lado direito das costas e saiu no lado esquerdo.

Os policiais militares Edvaldo Nunes, Leandro Xavier e Dinalvo dos Santos eram lotados na 10ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), em Candeias. Os três, de acordo com o corregedor-geral, foram afastados das atividades operacionais nas ruas desde a data do crime e continuam prestando serviços administrativos na corporação.

*G1



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