Com combates espetaculares, tudo funciona bem em ‘Liga da Justiça’

Batman em tom blasé de Ben Affleck? Mulher-Maravilha novamente com a beleza de Gal Gadot? Flash com o bom humor de Ezra Miller? Aquaman interpretado por Jason Momoa e bem diferente daquele dos quadrinhos? Superman morto, mas com chance de ressuscitar?

Não, nenhum desses. Os maiores heróis do filme da Liga da Justiça, o supergrupo dos gibis da editora DC, são mesmo Chris Terrio e Joss Whedon, roteiristas.

Terrio ganhou um Oscar de roteiro por “Argo”, vitorioso projeto de Ben Affleck. Whedon, criador da bem-sucedida série de TV “Buffy: A Caça-Vampiros”, tem experiência com grupos superpoderosos: ele dirigiu os dois longas dos Vingadores, da Marvel, “rivais” da Liga nas bancas há décadas.

Ele é creditado apenas como roteirista, mas dirigiu as muitas cenas adicionais gravadas para “Liga da Justiça” depois que o diretor Zack Snyder se afastou da produção em maio, abalado pelo suicídio da filha de 20 anos.

Terrio e Whedon dão o que fãs de quadrinhos pedem há tempos: um filme que não se preocupa em contar a origem dos super-heróis envolvidos.

Os pais de Bruce Wayne já foram mortos num beco em vários filmes do Batman. O bebê Super-Homem tem uma longa milhagem espacial nas muitas vindas de Krypton até a Terra. O Homem-Aranha já foi picado por um aracnídeo radioativo em filmes com três atores diferentes.

“Liga da Justiça” não perde tempo. Faz alguma graça aqui e ali, principalmente na primeira parte do filme, quando Batman reúne sua turma para enfrentar o megavilão Lobo da Estepe. Mas, quando a ação começa, exibe combates espetaculares.

Os heróis vão apanhar um bocado, e isso deixará claro que seus poderes, mesmo reunidos, podem não ser páreo diante do bandidão.

Daí a importância de tentar ressuscitar o Superman, morto no filme “Batman Vs. Superman” (2016), que tinha também a Mulher-Maravilha e foi introdução para este.

No balanço final, tudo funciona. Mulher-Maravilha confirma todo o apelo exibido neste ano em seu longa. Affleck é o melhor Batman de todos. O Aquaman cabeludão deixa qualquer um com vontade de ver seu filme solo, em 2018. E o Flash da série da TV é um bom escape cômico, com um inesgotável arsenal de piadas.

Uma cena extra após os créditos finais já anuncia o vilão do próximo filme da Liga. E uma fala da Mulher-Maravilha dá a entender que outros heróis vão reforçar o grupo. Será que pode ficar ainda melhor?

 

Fonte: Folha de São Paulo



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