Funcionária de hospital quer adotar bebê abandonado em caixa

A recém-nascida encontrada em uma caixa de papelão no bairro de Vista Alegre, na noite do último domingo, 15, já conta com uma candidata para ser mãe dela. A coordenadora de emergência da maternidade do Hospital João Batista Caribé (onde a bebê está internada), Ana Conceição, já aguarda na fila de adoção – e a vontade aumentou quando viu a recém-nascida.

“Sou mãe de duas meninas e sei bem como é o sentimento de mãe. Principalmente da forma que ela chegou aqui no hospital. No momento em que eu olhei para ela, de imediato meu coração ficou cheio de alegria. Vou ficar no aguardo pela adoção. A vontade é de querer fazer dela um ser humano feliz”, conta.

Após ser recebida pelos profissionais de saúde da unidade, a criança passou por todo protocolo de exames para um bebê recém-nascido. Com os resultados das últimas análises, ela segue saudável e depende apenas da avaliação médica para receber alta.

Ana Conceição quer ficar com a menina (Foto: Margarida Neide l Ag. A TARDE)

Resgate

A recém-nascida foi resgatada por uma guarnição da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) e recebeu os primeiros atendimentos por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Ainda com o cordão umbilical, ela foi encaminhada para a maternidade, onde deu entrada por volta das 22h15 do domingo e segue amparada pelos funcionários do hospital.

De acordo com a enfermeira, Rose Nunes, a criança chegou à unidade pesando 3,9 kg. “Realizamos todos os procedimentos para a internação dela, com os exames exigidos para um bebê que nasce em uma maternidade”, conta a enfermeira.

No momento em que eu olhei para ela, de imediato meu coração ficou cheio de alegria. Vou ficar no aguardo pela adoçãoAna Conceição, coordenadora de emergência da maternidade do Hospital João Batista Caribé

Rose ainda ressalta que a alimentação está sendo realizada de três em três horas. “É um bebê saudável. Desde o momento que recebemos, acolhemos com todo o carinho que uma criança deve receber. Já tenho 25 anos trabalhando como enfermeira e casos como este comovem. Todo mundo quer saber o estado de saúde dela, a história, se já tem nome”, diz a profissional.

Para a assistente social Marta Araújo, é necessário pensar em todos os motivos e hipóteses em relação ao abandono. “Precisamos analisar toda a cena social que vivemos como casos de vulnerabilidade. Entretanto, é preciso criar uma conscientização sobre o abandono”, propõe a assistente social.

Marta ressalta que, após a recém-nascida receber alta, será encaminhada para o Juizado da Infância. “Esperamos que seja construída uma história de superação”, finaliza.

*ATarde



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia