‘Fui levantada por cinco homens’, diz senhora que caiu em buraco após asfalto ceder durante chuva forte em Correntina

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A cidade de Correntina, no oeste da Bahia, está sendo reconstruída quase 15 dias depois dos estragos causados por uma forte chuva que caiu no município no dia 2 de novembro. A prefeitura decretou situação de emergência.

Segundo o Climatempo, foram mais de 50 milímetros de chuva em apenas um dia, índice considerado alto pelos meteorologistas.

Por conta da chuva, as ruas ficaram alagadas, a lama se espalhou pela cidade, córregos transbordaram e a ponte, que fica na BR-349 e que passa pela cidade, desabou.

Na ocasião, uma moradora que tentava atravessar foi engolida pela cratera. A idosa foi identificada como Rosa Barbosa e relembrou o momento da queda.

“Segurei no corrimão e caí de pé. Fui levantada por cinco homens”, contou.

A prefeitura da cidade disse que precisa de ajuda para recuperar pelo menos metade do que foi perdido.

“A Defesa Civil do Estado já esteve presente em Correntina, já ajudou a fazer o levantamento para que pudesse ser decretado o estado de emergência”, explicou o prefeito Nelson José.

Após a queda da ponte, uma obra de recuperação do equipamento foi iniciada. Entretanto, a BR-349 precisou ser interditada e os veículos de carga que passam pela região precisam entrar em Correntina. Isso resulta na destruição do que ainda resta de pavimentação no centro da cidade, já que uma parte dos paralelepípedos foi arrastada pela chuva.

Nos bairros que ficam próximos dos córregos, ainda é possível ver o prejuízo. Muros, portões e casas foram destruídos pela força da água. O lavrador Joaquim Jesus contou que mora em Correntina há quase 30 anos e nunca viu nada parecido.

“Você ver alguém pedindo socorro, igual ao pessoal vizinho aí. Pressionado dentro de casa, doido para sair sem ter como passar”, relatou Joaquim.

A principal ponte que dá acesso a dois povoados de Correntina: Cerco e Manuel Mendes, que são pontos turísticos da região, foi parcialmente levada pela forte correnteza e, por isso, os moradores desses povoados estão praticamente ilhados.

A única passagem que a população encontra foi improvisada com restos de madeira. Mesmo assim fica difícil atravessar. “Aqui não tem como passar [com veículo] tem que ser só a pé e aí fica difícil pra gente”, contou a professora Matilde Caires.

*G1



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