Consórcio apresenta proposta de reativação do Estaleiro Enseada Paraguaçu em Maragogipe

O retorno das atividades no Estaleiro Enseada Paraguaçu, em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, pode ser viabilizado pelo projeto apresentado na tarde desta terça-feira (12), em reunião nas dependências do Senai Cimatec, em Salvador. A proposta é uma das quatro concorrentes de uma licitação lançada pela Marinha do Brasil e a única que visa à construção e manutenção de navios de guerra em solo baiano.
O vice-governador e titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), João Leão, participou do encontro. “Estamos dando todo o suporte possível e torcendo para que a proposta que pretende usar o Estaleiro vença. É uma estrutura que reuniu um investimento de R$ 3 bilhões e hoje está parada. Precisamos voltar a ver três, quatro mil pessoas trabalhando e, para isso, estamos apoiando essa iniciativa, junto com a Federação das Indústrias da Bahia”, garantiu Leão.
Projeto
Uma das quatro propostas ainda no páreo, o projeto detalha a construção de quatro corvetas classe Tamandaré, nas dependências da Enseada, e foi elaborado pela Consórcio Villegagnon – composto pela Naval Group, Mectron e pelo grupo baiano Estaleiro Enseada. A proposta é a única concorrente da licitação que conta com uma organização da Bahia e que prevê as atividades dentro do território estadual.
O presidente do estaleiro, Maurício Almeida, explicou que o “Enseada foi concebido para ser um vetor de desenvolvimento regional. Por adversidades, teve contratos suspensos, mas tem ocorrido um grande esforço para conquistar novos. Este contrato com a Marinha é de grande porte, um dos poucos disponíveis no Brasil. A conquista de uma licitação deste tamanho seria realmente um marco para a retomada não só do Estaleiro como da região, que já está apta a oferecer mão de obra para um projeto dessa magnitude”.
Já o presidente da Naval Group, Eric Berthlot, afirmou que “nossa parceria, no Brasil, tem rendido bons resultados e estamos esperando a resposta da Marinha já no fim deste mês. Essa apresentação de hoje visa atualizar os baianos sobre o que temos feito, mas também tem o objetivo de atrair outras empresas brasileiras para robustecer nosso projeto de construção e manutenção de navios de três mil toneladas cada”.
A retomada das operações no Estaleiro, por meio do projeto pensado para a Marinha do Brasil, engloba, além da construção, a manutenção das embarcações. Estima-se que a licitação envolva investimentos da ordem de US$ 2 milhões. A divulgação do resultado está prevista para o próximo dia 22.
Estaleiro
O Estaleiro está inativo desde 2014 e detém maquinário e dispositivos de última ponta. Leão lembrou que, “atualmente, 35 funcionários atuam no local para fazer manutenções necessárias para evitar a ampla degradação do equipamento”.
Em um terreno próprio, com dois milhões de metros quadrados de área e capacidade de processar 108 mil toneladas de aço por ano, o Estaleiro Enseada é considerado não somente o maior do país, como também o mais moderno. Com um investimento privado de R$ 3,2 bilhões e tecnologia Kawasaki Heavy Industries, o Estaleiro foi implantado estrategicamente às margens do Paraguaçu, gerando emprego e renda para a região do Recôncavo Baiano, nos anos em que permaneceu ativo.


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