Este domingo (12) de Dia dos Pais terá um colorido especial na vida do casal David Fernando Marcelino, 33, e Hugo Olavo da Silva, 25.
Será a primeira vez que os dois irão comemorar a data como pais oficiais de Helena, de 6 meses e meio, que nasceu após uma fertilização in vitro e uma gestação que ocorreu na barriga da irmã de David, Célia, que, com quase meio século de vida, ofereceu seu útero para o sonho do casal morador da cidade de Marília, no interior de São Paulo.
A barriga de aluguel é proibida no Brasil. O Conselho Federal de Medicina autoriza a realização do útero de substituição (barriga solidária) só entre parentes de até quarto grau: mãe, irmãs, tias e primas. Caso não haja nenhum grau de parentesco, os pedidos são analisados caso a caso pelo Conselho Regional de Medicina de cada estado.
Fonte: Folha
Após repercussão e muitos comentários a respeito da matéria publicada acima, Léo Valente emitiu uma nota que esclarece alguns pontos que diariamente precisam ser reforçados e lembrados diante a situação que vivemos, ele reitera que acima de tudo, deve existir o respeito e amor ao próximo. Veja:
A gente viu que deu muita polêmica e chamou atenção dois pais e uma garota, como também tem imagem de duas mães. São pais e mães que devem ser homenageadas. Boa parte do problema da violência que vivemos hoje, é de famílias desestruturadas, isso é resultado de uma geração de filhos sem mãe, que as vezes tem, mas elas não estão em casa para cuidar dos filhos e entregam a babá e a creche. Sem pai biológico porque não conhece ou não registrou e parece que algumas pessoas preferiam ver as crianças sem pai ou mãe, do que com dois pais ou duas mães. Qual é o problema? O que vai tornar essa criança um cidadão não é saber quem é o pai e quem é a mãe, é o carinho, o afeto é o respeito que vai ser ensinado a ela com o próximo, com o outro e com o diferente.
Muita gente que tá criticando não tem esse respeito com o que é diferente do que ele é acostumado, com a opinião do outro. Então a gente observa aqui que muitos são comentários com suas convicções religiosas ou por seus preconceitos e o que está acostumado. Mas eu pergunto o seguinte – qual é o melhor, uma criança com dois pais ou sem pai e mãe nenhuma como muitos que nós temos aí. Eu queria muito que todas as crianças que estão abandonadas sem pais e sem mães héteros fossem adotadas por dois pais ou duas mães homossexuais. Seria bem melhor eles terem o carinho, afeto, uma escola, alguém para proteger, abraçar e que fizesse que o tornasse um cidadão.
A família seja ela qual for à composição, formação, modelo é à base de tudo para qualquer criança, para qualquer ser humano.
Léo Valente