Os erros de Zema e do PT na questão dos licenciamentos em Minas Gerais

Entre as promessas que fez para se eleger governador de Minas Gerais, o empresário Romeu Zema, do Partido Novo, incluiu a de reduzir a burocracia para conceder licenças ambientais. Estava perfeitamente sintonizado com o pensamento de Jair Bolsonaro, então candidato a presidente da República.

“Precisamos preservar o meio ambiente, mas temos que parar de tratar como bandido ambiental qualquer pessoa que queira empreender em Minas Gerais”, disse Zema. E a Federação das Indústrias do Estado celebrou o que ouviu. Mais ainda a escolha de Germano Gomes Vieira para secretário de Meio Ambiente.

Gomes Vieira foi o único secretário do infeliz governo de Fernando Pimentel (PT) mantido no cargo por Zema. Profissional de carreira, tocava de ouvido com os representantes da indústria de mineração. Um dos seus irmãos, Giovanni Abel Gomes Vieira, é funcionário da mineradora Anglo American. Mas não só.

Em dezembro de 2017, Gomes Vieira assinou norma que alterou os critérios de risco de algumas barragens, permitindo assim a redução das etapas de licenciamento ambiental no Estado. A medida rebaixou a nota de risco da barragem de Brumadinho, cujo rompimento na última sexta-feira, deixou até agora 58 mortos e 305 desaparecidos.

Dá-se em Minas como reajustada para o alto a nota do risco de perder o emprego que Gomes Vieira passou a correr depois do rompimento da barragem. Se a cabeça de alguma autoridade estadual tiver que rolar por causa da tragédia certamente não será a de Zema.

*Veja



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