Dólar sobe e bate R$ 4,09, com risco à agenda de reformas e disputa entre EUA e China

O dólar mantém a trajetória de nesta sexta-feira (17), chegando a bater R$ 4,09, conforme investidores veem mais riscos diante da piora das expectativas para a economia e preocupações sobre a perspectiva para a agenda de reformas. Além disso, pesa a aversão ao risco no exterior por renovadas tensões na disputa comercial entre Estados Unidos e China.

Às 10h57, a moeda norte-americana subia 1,33%, vendida a R$ 4,0888. Na máxima da sessão até o momento, chegou a R$ 4,0903, maior cotação intradia desde 26 de setembro do ano passado (R$ 4,0938). Veja mais cotações.

Nas casas de câmbio, o dólar turismo era negociado ao redor R$ 4,27 na compra em papel moeda, já considerando a cobrança de IOF (tributo). No cartão pré-pago, chega a R$ 4,48.

No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,97%, vendida a R$ 4,0352 – maior patamar de fechamento desde 28 de setembro do ano passado (R$ 4,0378). No ano, o dólar já acumula alta de 4,16%. No mês, a alta é de 2,91%.

“O cenário parece cada dia mais desafiador, com a falta de articulação do governo colocando em xeque a aprovação das reformas. Bolsonaro voltou a enfatizar questões ideológicas, dificultando uma aproximação com o Congresso e deixando Guedes isolado na luta pela Previdência”, destacou a corretora em relatório a clientes.

No cenário externo, a China afirmou nesta sexta-feira que os Estados Unidos precisam mostrar sinceridade para manter negociações comerciais substanciais, reagindo às sanções à gigante chinesa Huawei anunciadas pelo governo norte-americano na véspera.

Pequim ainda não disse se vai retaliar contra a última medida dos EUA na tensão comercial, embora a mídia estatal tenha adotado um tom cada vez mais estridente, com o Diário do Povo do Partido Comunista publicando comentários de primeira página que evocam o espírito patriótico de guerras passadas.

*G1



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