Alunos pedem diálogo com prefeitura de Irecê para não serem expulsos da casa de estudantes

Foto: Arquivo pessoal

Os moradores da casa de estudantes de Irecê em Salvador, localizada no Rio Vermelho, estão enfrentando problemas com a prefeitura do município, que deseja colocá-los em outra localidade, sob o argumento que a casa está com poucos alunos vivendo no local atualmente. De acordo com o vereador Leo da Unibel, ao invés de a prefeitura mandar mais alunos, atendendo a lista de espera dos estudantes que pretendem morar na capital baiana, eles estão mudando os atuais moradores para um local menor, que não comporta os 28 alunos que vivem na casa atualmente.

Segundo o presidente da casa dos estudantes, Aécio, a residência não abriga mais tantos moradores por causa do Programa Municipal de Assistência Estudantil (Promae), que oferece bolsas de R$100 para estudantes em casas mantidas pelo município e R$300 para os que estudam em outras cidades mas não usufruem das casas oferecidas pela gestão. No entanto, a prefeitura não coloca novos estudantes na residência. A morada estudantil já chegou a abrigar 72 alunos e pode comportar, confortavelmente, 55 pessoas. “Se nos mudarmos, iremos para uma casa localizada no Campo da Pólvora, com 8 quartos e 5 banheiros, que não vão acolher a quantidade de estudantes que temos atualmente. A única vantagem ali é o metrô”, afirmou.

O presidente afirma que não quer uma briga política, mas um diálogo aberto e franco com a prefeitura para que os estudantes não sejam expulsos da moradia. Segundo ele, não houve nenhum comunicado oficial ou conversa pedindo para que eles se mudassem. O presidente explicou que, no Promae, existe um artigo que diz que, para que aconteça uma mudança, ou caso a moradia fique com um número reduzido de residentes, o Executivo deve dialogar com a gerência da casa, no entanto, não houve essa aproximação. Ainda de acordo com ele, as moradas dos estudantes em Feira de Santana e Campina Grande também estão com o perigo de serem fechadas por causa da quantidade de estudantes, que é pequena.

Em comentários de uma publicação no Facebook a respeito do assunto, moradores da casa se manifestam a respeito da mudança. O estudante Alêssandro Dantas afirma que foi visitar a nova casa que está sendo oferecida pela prefeitura, junto com outros colegas. Segundo ele, a casa não é grande o suficiente para atender quase 30 pessoas, principalmente por causa da quantidade de banheiros. “Onde já se viu colocar 30 estudantes com apenas 5 banheiros? Inaceitável. Colocar 6 pessoas em um quarto, o que é isso? Estudantes amontoados? É o que parece. Sem contar que o bairro não é tão seguro, não houve diálogo com os residentes sobre a mudança, exigimos respeito”, escreveu.

*BN



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