CAPES aprova mestrado de Arqueologia e Patrimônio Cultural da UFRB

 

 

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) aprovou a proposta de criação do mestrado em Arqueologia e Patrimônio Cultural da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

O curso de pós-graduação em nível de mestrado acadêmico será ofertado no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), situado nas cidades de Cachoeira e São Félix.

Serão oferecidas vinte vagas. A matriz curricular aprovada tem duas áreas de concentração: Arqueologia e Patrimônio Cultural, sendo dez vagas para cada área.

O curso de mestrado foi proposto por uma equipe de docentes da UFRB liderada pelo museólogo Carlos Alberto Santos Costa, doutor em Arqueologia e professor do CAHL.

A divulgação da lista com o resultado da Avaliação de Propostas de Cursos Novos para calendários 2017 e 2018 aconteceu na última quarta-feira, dia 5, na sede da CAPES, em Brasília e encontra-se disponível no portal da instituição.

O mestrado em Arqueologia e Patrimônio Cultural tem por objetivo geral desenvolver os campos da arqueologia e do patrimônio cultural de forma integrada, promovendo a formação de excelência e introdução de conhecimento no nível de pós-graduação (mestrado), capacitando profissionais para atuar autonomamente em diferentes ambientes (institucionais, empresariais e sociais), de docência, de pesquisa e das atividades técnicas, sendo capazes de refletir, planejar e agir sobre todo o processo de formação dos acervos arqueológicos e dos demais patrimônios culturais, de sua concepção aos processos de patromonialização.

O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação (PPGCI), Carlos Alfredo Lopes de Carvalho considera que a autorização do mestrado em Arqueologia e Patrimônio Cultural vai “abrir uma nova história na UFRB e no CAHL”. “Estamos apostando muito que este curso vai crescer e trazer novas perspectivas na arqueologia para o Estado e o País”.

Contextualizando com a história atual, Carlos Alfredo disse que a aprovação do curso “até é um momento de alento considerando o que aconteceu com o Museu Nacional”, quando se perderam, por conta de um incêndio, mais de 20 milhões de itens de acervos importantes, dentre eles, coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia essenciais para o conhecimento científico e da história da humanidade. “A criação desse curso é uma resposta da importância da área para o País e para o mundo”.

CAHL fortalecido

Para o pró-reitor, a aprovação do mestrado mostra a evolução do Centro Acadêmico do CAHL e do seu corpo docente, que começa a ter um amadurecimento importante. “Temos a perspectiva forte de ser criado o Mestrado em Serviço Social e isso vai fazer com que, rapidamente, o CAHL consiga criar e implantar o primeiro curso de doutorado fora de Cruz das Almas, sede administrativa da UFRB, o que nos deixa muito animados”.

Segundo Carlos Alfredo, o desdobramento que a criação do mestrado em Arqueologia é inimaginável: “vai fazer um diferencial importante tanto pela questão da história de Cachoeira como do próprio Recôncavo da Bahia”.

Atualmente o CAHL oferece os cursos de mestrado em Ciências Sociais; em Comunicação e o Mestrado Profissional em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas.

Para os alunos

Carlos Alfredo disse que a criação do mestrado é mais uma oportunidade de complementação de formação de alto nível, após a conclusão da graduação.  “Abre-se perspectivas para as pessoas que querem se especializar e avançar no estudo mais aprofundado da Arqueologia e Patrimônio Cultural em uma pós-graduação Stricto Sensu”.

Das vinte vagas oferecidas para alunos do mestrado, duas vagas serão reservadas para técnicos administrativos da UFRB, conforme resolução do Conselho Universitário nº 02/2009, além de vagas destinadas a ampliar a inclusão e permanência de negros, quilombolas, indígenas, pessoas trans (transgêneros, transexuais e travestis), conforme resolução do Conselho Universitário nº 017/2018.

Desde 2006, o CAHL oferece o curso de graduação em Museologia, no qual funciona há dez anos o Laboratório de Documentação e Arqueologia (LADA) e há oito anos o Grupo de Pesquisa Recôncavo Arqueológico.

Mais sobre o processo de avaliação aqui.



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