Enem: exame agora é aceito em 42 universidades portuguesas

 

Principal porta de acesso para o ensino superior no Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) agora também é aceito pelo Instituto de Estudos Superiores de Fafe (IESFafe), em Portugal . Esta é a 42ª instituição portuguesa a adotar a prova. No Brasil, em 2018, foram mais de 200 mil vagas em todas as universidades federais no país disputadas por quem fez a prova.

Neste ano, no entanto, algumas instituições já anunciaram que não utilizarão o exame ou mudarão o seu uso em sua seleção. Ainda assim, o Enem continua sendo a principal prova nacional e a segunda maior do mundo. Entre as universidades nacionais, o Enem é utilizado majoritariamente através do Sisu , um sistema que centraliza as vagas das instituições de ensino superior federal no país e utiliza a nota da prova como critério de seleção.

Ao entrar no Sisu, o candidato pode escolher duas opções de curso para concorrer e, enquanto o sistema estiver aberto, ele pode mudar suas escolhas . Cada instituição escolhe a forma que vai adotar a nota do Enem. Pode ser desde a média simples das cinco provas feitas, bonificação para alguma prova em determinado curso, média mínima para entrar ou uma nota mínima.

O Sisu também já pede se o candidato vai concorrer em ampla concorrência ou disputará em vagas reservadas por ações afirmativas como cotas raciais e estudantes de colégio público. Em qualquer uma das escolhas, o candidato deve ficar atento enquanto o sistema está aberto, pois diariamente ele mostra como está a nota de corte em cada curso. Dessa forma, o estudante pode alterar sua opção caso perceba que não terá chances. Ao final do último dia, o sistema fecha e fornece a lista final de quem foi aprovado e quem não conseguiu, mas poderá ficar na lista de espera por uma vaga ociosa.

Universidades no Brasil e em Portugal

Desde que assumiu o novo modelo de prova, o Enem passou a ter adesão das universidades federais e de algumas universidades estaduais. Cada instituição escolhe como vai utilizar a prova. Algumas podem destinar todas as suas vagas para o Sisu, outras reservam um percentual e algumas ainda utilizam o exame como uma bonificação em seus vestibulares tradicionais.

Mas, para quem quiser estudar fora do Brasil, o Inep , autarquia federal que organiza o Enem, possui convênios com 42 instituições do ensino superior portuguesas.

Universidades que deixaram de usar o Sisu

Apesar da força do exame nacional e internacionalmente, nos últimos meses algumas instituições anunciaram que não vão usar o Sisu ou vão alterar a forma de utilização do sistema e até mesmo da prova.

A Universidade de Brasília (UnB) anunciou que usará a nota do Enem nos mesmos moldes que fez nas últimas edições, mas não participará do Sisu. A decisão se dá por uma percepção de que os alunos se inscrevem em cursos devido a nota de corte, e não por quererem estudar aquela graduação. Com um sistema próprio, a instituição espera atenuar esse tipo de escolha.

Já a UFRGS diz que manterá 30% das vagas reservadas para o Sisu, utilizando a nota do Enem. Porém, a universidade utilizava a nota do Enem como uma forma de complementação de nota ao seu vestibular tradicional. Para a edição do ano que vem, a instituição federal afirmou que não contará mais com essa bonificação.

ProUni

O Programa Universidade para Todos ( ProUni ) fornece bolsas parciais ou integrais em graduações de universidades privadas. Para participar, o candidato deve ter cursado o ensino médio em colégio público ou ter tido bolsa integral em colégio particular. Pessoas com deficiência e professores da rede pública também podem pleitear. Outro critério é o de renda. Para bolsas integrais, o candidato deve ter renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo por pessoa. Para as bolsas parciais, a renda deve ser de até três salários mínimos brutos por pessoa.

Para o processo regular do programa é utilizada a nota do Enem do ano anterior a seleção. Os candidatos que tiraram menos de 450 pontos na média das notas da prova do Enem ou zeraram a redação não podem participar.

De 2004 a 2018, o programa já concedeu 2,47 milhões de bolsas, sendo 695 integrais.

Fies

O Fies também é um programa voltado para o ensino superior em instituições privadas. Porém, ao contrário do ProUni que concede bolsas, o Fies disponibiliza um financiamento para o aluno, que será pago ao governo nos anos seguintes à sua formação.

O programa passou por diversas transformações após casos de fraude ou de não pagamento e atualmente trabalha de forma que o beneficiário paga mensalmente, durante o curso, um valor de coparticipação da mensalidade. Após o término da graduação, o saldo devedor será pago em parcelas calculadas de acordo com a realidade financeira do profissional. O critério de seleção também utiliza a nota do Enem para escolher os beneficiários. O candidato pode usar sua nota de qualquer edição desde 2010, mas a média das provas devem ser igual ou superior a 450 e não pode zerar a redação.

Fonte: iBahia


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