Tragédia em Las Vegas reabre debate sobre porte de armas nos EUA

Junto com a comoção nacional pelo maior massacre da História moderna dos EUA ressurgiu com força o debate sobre o controle de armas. A hashtag #guncontrol (controle de armas) foi a segunda mais usada no mundo ontem no Twitter, atrás apenas do nome do local da tragédia, Las Vegas. Mas a resistência ao tema é grande no país que possui mais armas do que carros — 265 milhões de armas, contra 263,6 milhões de veículos, segundo levantamento do “Guardian” e informações do Departamento de Transporte dos EUA. Ontem, a Casa Branca afirmou que “é prematuro” reabrir a discussão agora, e a postura do presidente Donald Trump sobre o caso — sua primeira grande chacina como presidente — foi criticada por pacifistas, que lembraram que ele foi apoiado formalmente nas eleições pela Associação Nacional de Rifles (NRA), principal lobista de armamento nos EUA.

— Há um momento e um lugar para o debate político, mas agora é o momento de nos unirmos como país. Seria prematuro discutir política quando ainda não conhecemos todos os fatos — afirmou Sarah Huckabee Sanders, porta-voz da Casa Branca, que reafirmou a defesa de Trump pela Segunda Emenda, que garante o direito ao porte de armas.

Mais cedo, Trump anunciou que viajará a Las Vegas amanhã — ele manteve a viagem a Porto Rico ontem, onde vem sendo muito criticado pela falta de apoio após a passagem do furacão Maria — e adotou um tom comedido em todas as suas manifestações, principalmente, a primeira, no Twitter. A resposta foi muito criticada por pacifistas e democratas. Seu posicionamento contrastou com as declarações de Barack Obama em tragédias semelhantes, quando aproveitava para lembrar como a facilidade de comprar armas ampliava o problema.

*OGlobo



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