Colômbia tem 1ª eleição pós acordo de paz com as Farc

(Foto: Luis Acosta/AFP)

Durante décadas, os colombianos votaram em meio aos conflitos com grupos armados. Mas, hoje, eles estão votando nas primeiras eleições presidenciais desde a assinatura de um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), maior guerrilha do país, hoje convertida em partido político de mesma sigla.

Os dois principais candidatos apresentaram visões bastante diferentes sobre o modelo econômico da Colômbia e o futuro do processo de paz divisório, em uma campanha polarizada. Além disso, o novo presidente eleito deverá lidar com a questão da crise na Venezuela, país vizinho que já despejou milhares de refugiados na Colômbia.

Liderando as pesquisas está o ex-senador conservador Ivan Duque, protegido do influente ex-presidente Álvaro Uribe, seguido por Gustavo Petro, ex-presidente guerrilheiro e ex-prefeito de Bogotá.

O atual presidente colombiano, Juan Manuel Santos, foi um dos primeiros a votar, assim que as mesas eleitorais foram abertas na capital colombiana. Apesar de o voto não ser obrigatório no país, 36 milhões de colombianos estão habilitados a participar da eleição.

O ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) também votou de manhã e elogiou “a juventude, a lucidez intelectual e a preparação” de seu protegido. E,  aproveitou ainda para se defender das acusações recém-surgidas em reportagem publicada pelo jornal The New York Times, que relata que o ex-presidente manteve relações com o narcotráfico nos anos 1990.

O líder do partido derivado da Farc – Força Alternativa Revolucionária Comum, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko na época da guerrilha, votou pela primeira vez na vida e disse ter esperanças de que a eleição incentive a reconciliação. Londoño, de 59 anos, confessou ter ficado nervoso com sua estreia nas urnas.

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