Operação Hedonikos: Suplementos clandestinos eram vendidos a 6 academias em Salvador

O empresário Ricardo Peixoto Silva, 37 anos, preso nesta segunda-feira (9) pela Polícia Federal por suspeita de vender suplementos produzidos clandestinamente em Feira de Santana, vendia seus produtos para seis academias em Salvador, cujos nomes não foram divulgados. Segundo informações do jornal Correio, Ricardo foi descoberto após denúncia. “Esse tipo de caso não é investigado pela Polícia Federal, mas sempre que recebemos uma denúncia verificamos quem é o denunciado. Quando levantamos as informações sobre Ricardo, descobrimos que ele estava fraudando o sistema financeiro e, por isso, a corregedoria (da PF) determinou que fosse aberta uma investigação”, explicou um dos policiais. Segundo a polícia, o nome do suspeito era Ricardo Ribeiro Peixoto até 2001 – ele era filho bastardo de um empresário e não havia sido registrado pelo pai. Em 1994, o pai morreu e deixou alguns imóveis para partilha entre os herdeiros. Neste momento, Ricardo entrou na Justiça e pediu o reconhecimento de paternidade, o que só ocorreu em 2001, resultando na mudança de nome: ele passou a se chamar Ricardo Peixoto Silva. Depois da alteração, ele usava o nome antigo para contratar empréstimos e comprar carros e imóveis sem pagar. Somente à Caixa Econômica Federal, o prejuízo foi de R$ 6,5 milhões. “Ele tinha quatro CPFs e cinco identidades. Além disso, ele usava testas de ferro para comprar imóveis e fazer empréstimos, ou seja, são muitos imóveis. Ainda não contabilizamos tudo”, explicou o investigador. A investigação começou há três meses. Até esta segunda, quando foi realizada a Operação Hedonikos, a polícia apreendeu mais de cinco toneladas de suplementos, três veículos, uma lancha e três imóveis. Três pessoas foram identificadas como “laranjas” e, segundo a polícia, elas sabiam do esquema e emprestavam os nomes para a prática dos golpes. A produção de suplementos era realizada em uma casa alugada em Feira de Santana – entre as substâncias manipuladas, tinham duas proibidas por lei, a cafeína e a glutamina, para as quais Ricardo não tem autorização da Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa). A avó de Ricardo também está sendo investigada, mas a suspeita é de que seu nome pode ter sido usado sem autorização. Os investigados responderão pelos crimes de estelionato, fabricação clandestina de produtos equiparados a medicamentos, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa. O empresário está em prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal, em Salvador e será levado para Feira de Santana nesta terça-feira (10) para participar de uma audiência de custódia.

*BN



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