Quatro vereadores são afastados na BA por suspeita de desvio; políticos teriam usado dinheiro público para comprar gado

Quatro vereadores da cidade de Itapé, na região sul da Bahia, foram afastados das funções por tempo indeterminado, por ordem da Justiça, nesta terça-feira (16), por suspeita de desvio de dinheiro público.

Os afastamentos ocorreram durante operação do Ministério Público Estadual (MP-BA), que, juntamente com a Polícia Militar, cumpriu mandados de busca e apreensão na casa legislativa para recolhimento de provas.

O MP disse que, com cinco dos nove vereadores afastados, a continuidade dos trabalhos na Câmara fica inviável. Com isso, o órgão disse que vai solicitar à Justiça Eleitoral que os suplentes dos vereadores afastados tomem posse para que a Câmara volte a funcionar.

Em julho, o presidente da Câmara, o vereador Nilton Rosa Pinto (PP), também chegou a ser afastado por por suspeita de falsificação de assinatura em cheques. Ele continua sem poder frequentar a Câmara por tempo indeterminado.

Situação ocorre no município de Itapé, no sul da Bahia — Foto: Reprodução/ TV Santa Cruz

Situação ocorre no município de Itapé, no sul da Bahia — Foto: Reprodução/ TV Santa Cruz

As decisões pelos afastamentos desta foram assinadas pelo juiz Murilo Staut Barreto, que atendeua a pedidos formulados pelo promotor de Justiça Inocêncio de Carvalho Santana.

Foram afastados nesta terça Klebson de Jesus Santos, Cledson Gomes Alves, Agnaldo Santos Filho e Eduardo Coelho. A reportagem não conseguiu contato com os vereadores.

O MP disse ter descoberto um esquema na Câmara que consiste na transferência de, pelo menos, dois cheques da conta da Casa para a conta pessoal do presidente afastado, nos valores de R$ 11.300,00 e R$ 11.200,00.

O montante, segundo o órgão, teria sido usado para garantir empréstimos e a compra de um gado. Outros dois cheques, nos valores de R$ 16.000,00 e R$ 8.000,00 teriam sido usados para compra de material de construção que seriam utilizados em obras residenciais do presidente da casa e de outros dois vereadores.

Entre os documentos apreendidos na operação, segundo o MP, estão contracheques dos vereadores, contratos de empréstimos consignados, processos de pagamento e processos licitatórios dos parlamentares.

Segundo o promotor de Justiça, cópia da decisão de afastamento dos vereadores será encaminhada ao juiz eleitoral da 27ª Zona Eleitoral para que sejam adotadas medidas que viabilizem o funcionamento do Poder Legislativo Municipal, a exemplo da diplomação e posse de vereadores suplentes.

*G1



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