Solla ataca Temer e diz que PMDB-BA ‘virou coadjuvante do DEM’

O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) utilizou o plenário da Câmara para atacar o recém-desembarcado PMDB, que também completa 50 anos nesta quarta-feira (30), sobretudo o vice-presidente da República e principal líder do partido, Michel Temer.

De acordo com o petista, a saída da legenda da base do governo foi um “presente”, já que “tirando algumas exceções que confirmam a regra”, a sigla jamais teria assumido “uma postura de aliado”. “Basta ver o Plano Temer: uma aberração neoliberal. Esse projeto fala em privatizações, entrega do pré-sal, fim da vinculação dos recursos da Saúde e da Educação e corte nos gastos públicos em áreas essenciais e em programas prioritários. Uma série de medidas que nem o PSDB teria a coragem de apresentar em uma eleição”, declarou.

Em seu discurso, o parlamentar baiano ainda descreveu o que entende como “sanha golpista” do comandante peemedebista. “Negociou com os banqueiros e com a Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo] para conseguir apoio para o golpe e para atender aos interesses dos grandes empresários desse país. A maioria golpista do PMDB sempre esteve interessada apenas em ocupar cargos, como sempre fizeram”, disse, ao descrever a participação da legenda em todos os governos pós-ditadura militar.

O deputado ainda chamou Temer de “capitão do golpe” e o acusou de oferecer cargos “despudoramente” para “tentar negociar votos” em favor do impeachment. “Esse senhor não tem envergadura moral para ocupar o cargo que ocupa, tampouco para presidir esse país”, disparou.

Segundo Solla, ele já tinha alertado a presidente Dilma Rousseff sobre o “bote” do PMDB em junho do ano passado, mediante comparação entre o cenário atual e o rompimento, em 2010, do chefe do partido no estado, Geddel Vieira Lima, com o ex-governador Jaques Wagner. “Aconteceu na Bahia: o PMDB se travestiu de aliado, demos espaços para eles, cresceram, romperam e tentaram derrubar o governo de Jaques Wagner. Mas se deram muito mal. Foram derrotados nas urnas duas vezes e viraram coadjuvantes de oposição. Pularam do barco, minguaram, se tornaram um pequeno partido, coadjuvante do DEM”, provocou. (Bahia.ba)



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