Cacá Leão revela decisão sobre impeachment; veja outras posições na Bahia

O processo de impeachment para afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) da presidência da República, aberto em dezembro de 2015, será votado no plenário da Câmara dos Deputados neste domingo (17). Alguns políticos já revelaram publicamente suas decisões, e nesta sexta-feira (15), durante entrevista ao apresentador Zé Eduardo, na Rádio Metrópole, foi a vez do deputado federal Cacá Leão (PP) revelar qual o posicionamento dele.

Cacá afirmou que a condição para ele, na Bahia, é difícil, por ser filho do vice-governador do Estado, João Leão e ter boa relação política com o governado Rui Costa e também com o ministro Jaques Wagner, mas que os quatro vão votar contra o impeachment.

“Estive conversando com o presidente do partido [PP] Ciro Nogueira, falei com Wagner, e também com Rui e o vice-governador João Leão, de quem eu sou filho. O nosso partido tomou uma posição, houve uma radicalização, nós talvez sejamos o único estado que temos uma situação peculiar. Temos uma aliança desde 2009 quando o PMDB desembarcou do governo Wagner, e o PP naquele momento entrou no governo de Wagner, ele foi reeleito, continuamos com a aliança. Na última eleição em 2014 o então governador Jaques Wagner conversando conosco escolheu que João Leão fosse fazer composição com Rui. Então a situação é difícil, fazemos parte de uma aliança estadual”, declarou.

O deputado chegou a opinar que o Governo Federal vai “muito mal”, que ele concorda com a população brasileira, e que Dilma “perdeu as condições de governar o Brasil”, mas que ele não poderia ser tachado de traidor.

“Precisa de uma grande mudança, mas pensei muito, refleti muito, se tem uma coisa que eu jamais terei carimbado na minha testa é o carimbo de traidor. Não posso admitir, não posso falar só por mim, não posso pensar só em mim, preciso ter preocupação com o espaço de meu pai que é o vice-governador, não posso deixar que o carimbo de traidor seja colocado na nossa testa. Vamos acompanhar essa posição e fechamos a questão”, disse.

Sobre o clima nos últimas dias em Brasília, por conta dessas discussões, Cacá Leão comparou a cidade com um espaço de “guerra”. “Talvez seja o momento mais difícil da história da política do Brasil. As coisas se acirraram muito, uma pressão enorme da sociedade de ambos os lados. A gente vê hoje, PDT reunindo a sua executiva para forçar os deputados a votarem a favor do governo, a gente vê meu partido a executiva reunindo pra forçar que os deputados votem a favor do impeachment, outros partidos indo pelo mesmo caminho. O PR está bastante dividido. Tá um clima realmente de guerra, no moemtno onde matematicamente são computados mais de 342 votos, para que aconteça o impeachment. A sessão acabou de começar, tá uma discussão terrível dentro do plenário, mas espero que no domingo esse momento passe”, falou.

CONFIRA LISTA A FAVOR DO IMPEACHMENT NA BAHIA

Antônio Imbassahy – PSDB – BA
João Gualberto – PSDB – BA
Jutahy Junior – PSDB – BA
Lucio Vieira Lima – PMDB – BA
Cláudio Cajado – DEM – BA
Elmar Nascimento – DEM – BA
José Carlos Aleluia – DEM – BA
Paulo Azi – DEM – BA
Márcio Marinho – PRB – BA
Tia Eron – PRB – BA
Benito Gama – PTB – BA
Irmão Lazaro – PSC – BA
Arthur Maia – PPS – BA
Uldurico Júnior  – PV – BA
Félix Mendonça Jr – PDT – BA
Erivelton Santana  PEN – BA

INDECISOS 

João Carlos Bacelar – PR – BA
Cacá Leão – PP – BA
Ronaldo Carletto – PP – BA
José Nunes – PSD – BA
Mário Negromonte – Jr PP – BA

CONTRA 

Afonso Florence – PT – BA
Caetano – PT – BA
Jorge Solla PT – BA
Moema Gramacho – PT – BA
Waldenor Pereira – PT – BA
Valmir Assunção – PT – BA
Alice Portugal – PC do B – BA
Daniel Almeida – PC do B – BA
Davidson Magalhães – PC do B – BA
Antônio Brito – PSD – BA
Fernando Torres – PSD – BA
Sérgio Brito – PSD – BA
Paulo Magalhães – PSD – BA
José Rocha – PR – BA
José Carlos Araújo – PR – BA
Bacelar – PTN – BA
Roberto Britto – PP – BA
Bebeto – PSB – BA

*Metro 1



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