“Não acredito que Dilma vai trabalhar contra o país. Ela quer o bem do Brasil”, diz Temer

Em conversa telefônica com um Blog, o presidente em exercício, Michel Temer, disse que acredita na pacificação do país depois de concluída a votação do processo de impeachment. Ele lembra que, nesse período em que assumiu interinamento o Palácio do Planalto, evitou confrontos e qualquer tipo de acirramento do ambiente político no país. “Não fiz ataques frontais. Não é do meu estilo. Também não respondi aos ataques que recebi.”

Questionado diretamente sobre as críticas feitas pela presidente Dilma Rousseff durante sua fala no Senado nesta segunda-feira (29), Temer foi cuidadoso: “Acho que a presidente Dilma entenderá todo o processo e não acredito que ela vai trabalhar contra o país. Ela quer o bem do Brasil.”

“Não sou de retrucar com palavras mais ácidas, esse não é meu estilo. O que vale agora é o Brasil”, acrescentou.

Temer ressaltou várias vezes na conversa que trabalha por uma pacificação nacional e que vai buscar a harmonia de todos os partidos. “Não acredito que ficará mágoa nenhuma. Estou trabalhando pela harmonia dos partidos e do país”.

Ao ser perguntado sobre a disposição do PT, de partidos de oposição e de movimentos sociais se posicionarem contra o seu governo, Temer disse: “A tendência é assentar os ânimos. O país não vai ficar nessa agitação o tempo inteiro.”

Ele falou um pouco da viagem que fará à China para a reunião de cúpula do G20. Disse que, além do encontro com o presidente chinês Xi Jinping, ele tem encontros bilaterais com o primeiro-ministro da Itália, Mateo Renzi, com o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, e com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Nayef. “Quero incentivar o fluxo [comercial] entre os países”, afirmou Temer.

Ele também disse que, caso aprovado o impeachment, fará imediatamente reunião ministerial antes de embarcar ao exterior. Temer adiantou ao Blog os dois principais recados que dará aos seus auxiliares diretos. “Vou adotar a descentralização”, disse Temer, numa referência indireta ao estilo centralizador da presidente afastada Dilma Rousseff. “Mas vou cobrar a eficiência administrativa”.

*G1



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