Apesar da crise na legenda e do pedido de prisão de Lula, o PT terminou a semana como a maior bancada da Câmara dos Deputados. Até a tarde desta 6ª feira (6.abr.2018), o site da Casa registrava a sigla com 58 deputados –bem à frente do MDB, que tem 49 e do PSDB, com 46.
Esses números ainda vão mudar. A janela partidária –período para deputados trocaram de legenda sem correrem risco de punição– terminou nesta 6ª, mas deputados não têm prazo para comunicar a mudança à Casa.
Isso significa que o registro de filiações partidárias não foi computado de maneira completa pelo Congresso. Por exemplo: o deputado pode ter oficializado a troca junto ao partido e à Justiça Eleitoral, mas não à Câmara.
O PT foi a sigla que mais elegeu deputados em 3 das últimas 4 eleições:
- 2002: 91 deputados;
- 2010: 86 deputados;
- 2014: 68 deputados.
A exceção foi em 2006, quando o MDB conquistou 89 cadeiras, 6 a mais do que os petistas.
Apesar do resultado de 2014, o PT aparecia como 2º colocado nas maiores bancadas até esta semana, também atrás do MDB. Isso aconteceu porque a legenda de Lula perdeu deputados devido à crise causada pelas acusações de corrupção de integrantes e com o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.
AO MENOS, 57 TROCAM DE SIGLA
Até as 22h desta 6ª, a Câmara havia sido informada da mudança de legenda de 57 deputados (eis a lista com os nomes).
Duas siglas importantes estão nos extremos do ganha e perde. O DEM registrou saldo positivo de 7 deputados. Já o MDB, do presidente Michel Temer, foi o que mais perdeu, com 11 a menos.
Os resultados ainda são parciais e a sigla de Temer, por exemplo, deve encerrar a janela com resultado 1 pouco melhor. De acordo com o líder da bancada na Câmara, Baleia Rossi (SP), a sigla filiou pelo menos 6 deputados e a maioria não consta ainda na lista da Casa.
*Poder 360