Dodge pede que TSE proíba Lula de concorrer horas depois de petista virar candidato

Tudo como esperado. Poucas horas depois da inscrição da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a primeira flecha do mundo legal contra ela foi lançada. A procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge, apresentou no início da noite desta quarta-feira o pedido de impugnação do registro de Lula, que concorre pelo PT. A petição foi encaminhada ao relator do caso no TSE, o ministro Luís Roberto Barroso. Dodge repetiu o que já tinha dito: o petista não é elegível. Em janeiro de 2018, o ex-presidente foi condenado criminalmente em segunda instância, no âmbito da  Operação Lava Jato, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do triplex no Guarujá. Segundo a Lei da Ficha Limpa, esse fato retirou dele sua prerrogativa de concorrer.

A partir de agora, os advogados de defesa do ex-presidente terão sete dias para se manifestar. Com as alegações finais, o julgamento no TSE poderia acontecer por volta de 7 de setembro. Considerando a possibilidade de se convocar testemunhas, o julgamento poderia ocorrer no dia 17 de setembro, prazo final para que a Justiça eleitoral julgue todos os pedidos de candidaturas.

Os advogados de Lula prometem, publicamente, apelar a todas as instâncias possíveis para que a candidatura de Lula seja possível. “Com meu nome aprovado na convenção, a Lei Eleitoral garante que só não serei candidato se eu morrer, renunciar ou for arrancado pelo Justiça Eleitoral. Não pretendo morrer, não cogito renunciar e vou brigar pelo meu registro até o final”, disse o ex-presidente nesta quarta em nova Carta aos Brasileiros.

*ElPaís



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