Militar com função estratégica no MEC perde cargo a pedido do novo ministro

O secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), tenente brigadeiro Ricardo Machado Vieira, perdeu o cargo no Governo Bolsonaro. Ele tinha sido nomeado para organizar a pasta durante a crise do ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez, que acabou demitido no início de abril.

Vieira deixou a função estratégica na quinta-feira (18) e a sua exoneração foi publicada no Diário Oficial. Antes de ser demitido, ele tinha sido informado que continuaria como assessor especial, mesmo com a saída do ex-ministro, mas isso não aconteceu.

De acordo com o Estado, o novo ministro da pasta, Abraham Weintraub, está devolvendo os cargos importantes para os “olavistas”, pessoas ligadas ao “guru do bolsonarismo” Olavo de Carvalho. Os militares sempre se mantiveram contrários a esse grupo porque acreditam que é preciso uma gestão mais técnica.

Vieira, ainda quando era secretário executivo, tentou alterar o decreto sobre alfabetização elaborado no MEC. Ele conversou com especialistas de instituições como o Conselho Nacional de Educação (CNE) e retirou do documento a preferência por um método de ensinar a ler e escrever, o fônico. O foco em uma modalidade foi bastante criticado por educadores. Contudo, o secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, que é ligado a Olavo e defensor do método fônico, alterou o decreto novamente.



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