Programa ‘Conexão Bahia’ terá matéria sobre Terno de Reis e Samba de Roda santoantonienses

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O Terno de Reis e o Samba de Roda resistiram ao tempo e, acredite, continuam sendo apresentados por algumas comunidades em Santo Antônio de Jesus. Na semana passada, a produção do programa Conexão Bahia, da Rede Bahia, esteve no Tabocal III para saber como essas manifestações culturais acontecem por aqui e gravar o ‘Conexão’, que vai ao ar no dia 2 de junho.

O assunto virou pauta do programa apresentado por Renata Menezes e Aldri Anunciação depois que o músico santoantoniense Sinho Bernardo, ao realizar uma pesquisa acadêmica sobre a cultura popular local, identificou a Associação dos Pequenos Agricultores das Comunidades do Tabocal, Bom Jardim e Bonfim – responsável por reviver o Terno de Reis e o Samba de Roda – e, a partir disso, fez o assunto chegar à imprensa.

De acordo com Odilon Neto, presidente da Associação, há três anos os moradores das três comunidades têm tentado reviver essas práticas, herança de seus antepassados deixada de lado durante um bom tempo. “É muito importante essa visibilidade da Rede Bahia por incentivar o que estava parado. Deu outro gás, novamente”, admite. “A gente tem vontade de ver outras comunidades fazendo isso e passar isso para os jovens”, conta.
Líder à frente do resgate do Terno de Reis e Samba de Roda na localidade, Neto começou a realizar pesquisas sobre o assunto e ouvir o patriarca depois de ter se sensibilizado durante uma missa em dia de Novenário do Bonfim. Após diversos ensaios e caracterização, crianças, adultos e idosos envolvidos se apresentam em janeiro, no dia de Reis; ao final das rezas de Bom Jesus, em agosto, de São Cosme e Damião, em setembro, e de Santa Bárbara, em dezembro.

O grupo já chegou a se apresentar na Praça Padre Matheus, no dia 8 de março do ano passado. Atualmente, alguns moradores do Loteamento Sales e do Tabocal I integram as festividades.
Ex-secretário de Cultura e Juventude do município, à época com forte discurso sobre o resgate da cultura local, Dr Everaldo Junior acompanhou as gravações e ficou entusiasmado. “Embora não estejamos à frente da pasta da Cultura, continuamos apoiando essas manifestações e seus agentes. Mesmo não havendo valorização por parte do poder público, acreditamos na cultura que remete ao passado, que faz pensar, que diverte, e não apenas na ‘cultura do comércio’”, coloca.

Samba de Roda e Terno de Reis

De acordo com a Organização das Nações Unidades para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Samba de Roda surgiu no Recôncavo, durante o século XVII, e combina música, dança e poesia. Desafiado pela falta de pessoas jovens interessadas em perpetuar a prática, o Samba de Roda congrega pessoas em festas católicas populares e os cultos afro-brasileiros, mas pode surgir de forma espontânea.
O Samba de Roda é, hoje, Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e proclamado Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Já o Terno de Reis, é uma comemoração sobre a viagem dos três Reis Magos que presentearam o recém-nascido Jesus Cristo. O Terno é comemorado com trios de músicos entoando melodias em instrumentos caseiros de percussão, passando por casas do percurso escolhido para a festa.



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