SAJ: motoristas reclamam do preço da gasolina e ANP cobra explicação para a redução não chegar aos postos

Motoristas reclamam do preço do combustível nos postos de Santo Antônio de Jesus. A Petrobras manteve o preço médio do litro da gasolina nas refinarias em R$ 1,5007 até sexta-feira (30). Porém, não houve redução nos postos de combustível. Já o preço do diesel deve permanecer em R$ 1,7984 até o fim do ano. Ao Blog do Valente, um motorista informou que o valor da gasolina está em média R$ 4,57. Em nota, O Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniência do Estado da Bahia (Sindicombustíveis) esclarece sobre a redução do diesel nas refinarias e frisa que não interfere no valor do mercado.

Apesar da Petrobras ter anunciado para hoje (29/11) a redução de 15,28% no preço do diesel, com o valor de referência do produto caindo de R$ 2,1228 para R$ 1,7984, uma diminuição de R$ 0,32, as distribuidoras de combustíveis não repassaram o reajuste de forma integral. A redução foi, no máximo, de R$ 0,16 para o mercado baiano.

 O Sindicombustíveis Bahia não interfere no mercado e respeita a livre concorrência. No entanto, entende ser imprescindível informar que os postos compram seus produtos das distribuidoras e representam o último elo da cadeia econômica do setor de combustíveis, a face mais visível do mercado, quem lida diretamente com o consumidor e não tem poder de interferir nos reajustes de preços da Petrobras.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ( ANP ) deu prazo de 15 dias para que as principais distribuidoras de combustíveis do Brasil expliquem  por quê as quedas do preço da gasolina nas refinarias não têm chegado ao consumidor  com a mesma intensidade.

A queda do preço da gasolina que é cobrado pela Petrobras nas refinarias é, em média, de quase 20% em novembro, enquanto nos postos a redução medida pela ANP foi de cerca de 3%.

Em nota, a ANP diz que “o pedido atende à atribuição legal da agência de zelar pela proteção do consumidor quanto a preços, qualidade e oferta de produtos”. A agência garante ainda ter “adotado várias medidas para dar maior transparência à formação de preços e solicitado informações dos agentes periodicamente”. “Dessa forma, foi observada a redução significativa de preços da gasolina A pela Petrobras, sem que essa decisão tenha chegado ao consumidor final.”

A relação bimestral mostra que, em 28 de setembro, o preço do litro da gasolina nas refinarias era de R$ 2,0829, valor que chegou a R$ 1,9855 exatamente um mês depois. Na segunda-feira desta semana (27), o preço do litro nas refinarias baixou a R$ 1,5007.

Nos postos, entre 28 de setembro e 26 de novembro, a queda foi de R$ 4,696 para R$ 4,554, mostrando que o repasse das distribuidoras, de fato, não tem acontecido com a mesma força das quedas nas refinarias.

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis ) diz que o principal motivo de a queda nas refinarias não desencadear a redução do preço nas bombas é a cadeia de combustíveis, que é formada por refinarias, distribuidoras e postos.

O processo longo faz com que o  lucro das distribuidoras  seja maior com a queda nas refinarias, mas dificulta que o consumidor note rapidamente as seguidas e significativas quedas. “Como os postos de combustíveis não podem comprar das refinarias, eles só conseguem diminuir os preços quando as companhias distribuidoras eventualmente os reduzam”, justifica a federação (ig).

 



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