Convênios terão impacto de R$ 5,37 bilhões com novas tecnologias, estima FenaSaúde

Dentre as 26 novas tecnologias estudadas pela Agência Nacional de Saúde (ANS), 16 devem fazer parte dos procedimentos mínimos de cobertura obrigatória dos planos de saúde a partir de 2018. A inclusão, que deve iniciar em 2018, terá um impacto estimado em R$ 5,37 bilhões na despesa assistencial da saúde suplementar, segundo informações de O Globo. Os dados são fruto de um estudo, feito pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que apontou a perspectiva de um acréscimo de 4% em relação ao custo do ano passado, quando chegou a R$ 135,5 bilhões. As novas tecnologias incluem um exame que pesquisa toxoplasmose no líquido aminiótico, cujo custo é de R$ 427 por procedimento, e um medicamento oral Criozotine, indicado para o tratamento de câncer de pulmão. Seu custo anual por paciente é de R$ 468 mil. “O estudo foi uma demanda das empresas. O rol é liberado muito em cima do início da vigência e as operadoras precisam preparar a rede, saber quanto custa, qual é a capacidade de atendimento. Levamos em consideração o uso de novas tecnologias por toda a população elegível em 12 meses”, explicou Vera Queiroz Sampaio, gerente de Regulação de Saúde da federação, ao jornal.  A presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiros Mendes, criticou que falta informação no processo da ANS e que há outras drogas que ainda precisam ter seus resultados monitorados. Por outro lado, de acordo com a publicação, a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ligia Bahia, salientou a importância de se levar em consideração a economia que a incorporação dessas tecnologias trazem para o setor.  “A cura mais rápida, menor uso de terapia intensiva, redução de complicações. O cálculo tem que trazer esses ganhos. Além disso, é preciso levar em consideração que toda tecnologia tem uma curva de custo: começa alta, mas com a disseminação vai caindo”, explicou ao jornal. A professora é membro da Comissão de Política, Planejamento e Gestão em Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Diante das críticas, a ANS informou que o processo está em fase de análise das contribuições enviadas à consulta pública, que se encerrou no último dia 26, e que ainda não há uma definição sobre os procedimentos que serão incorporados.



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