Veja quais vacinas são recomendadas em diferentes países; Brasil tem mais de 20 tipos em seu calendário

No século 20, o mundo viveu uma epidemia de varíola que, entre as décadas de 1900 e 1970, deixou cerca de 500 milhões de mortos. Nos anos 1960, países de todo o mundo se uniram em campanhas de vacinação, fazendo com que a doença infecciosa, sem cura, se tornasse a única enfermidade a ser totalmente erradicada. O último caso notificado no Brasil foi em 1971, e no mundo, em 1977, na Somália.

Ao longo do século passado, as vacinas foram decisivas para que doenças infecciosas fatais fossem controladas. Contudo, em 2015, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta global, informando que uma em cada cinco crianças no mundo não recebe as vacinas básicas.

Com a baixa imunização das populações na última década, doenças que já estavam controladas na maior parte do mundo estão voltando a circular com grande intensidade. É o caso do sarampo, responsável por surtos na América e na Europa; as hepatites, que já matam mais que o HIV; e a poliomielite.

No Brasil, pelo menos 312 cidades estão sob alerta de volta do vírus causador da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, e entre 1º de janeiro e 23 de maio deste ano, foram registrados 995 casos de sarampo no país.

A baixa imunização nesta década tem sido atribuída a movimentos de contestação a vacinas, que argumentam contra a quantidade de vacinas que devem ser tomadas ao longo da vida, duvidam de sua segurança ou disseminam teorias da conspiração que ligam vacinas a casos de autismo ou morte.

No Brasil, o Ministério da Saúde também alerta para o esquecimento dos brasileiros sobre determinadas doenças que não ocorriam mais no território, fazendo com que essas pessoas não vejam mais a necessidade de se vacinarem e vacinarem seus filhos.

Segundo a OMS, as vacinas representam o tratamento com melhor custo-benefício em saúde pública, pois evitam 2,5 milhões de mortes por ano e reduzem os custos dos tratamentos específicos de doenças evitáveis.

Veja como é a vacinação mundo afora:

Vacinas recomendadas globalmente

Entre as vacinas recomendadas mundialmente estão: a tríplice viral, contra os vírus do sarampo, rubéola e caxumba; vacinas contra a difteria, tétano, hepatite B e coqueluche; e a vacinação anual contra a Influenza, vírus causador da gripe.

Cada país tem seu calendário de vacinação nacional, que segue as recomendações globais e regionais da OMS e pode mudar de tempos em tempos, de acordo com eventos locais.

Em alguns países da Europa, o calendário de vacinação é mais flexível e contempla menos vacinas em relação à América. No Brasil, o esquema é mais rigoroso, com vacinas obrigatórias que costumam ser dadas logo nos primeiros anos de vida.

Brasil

O Plano Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, atualmente oferece de graça 27 vacinas a toda a população, de todas as faixas etárias. Essas vacinas combatem sarampo, caxumba, rubéola, tétano, tuberculose, febre amarela, difteria, coqueluche, poliomielite, influenza e HPV.

ada brasileiro tem sua própria caderneta de vacinação. É de responsabilidade dos pais manter o documento atualizado durante a infância, período em que se concentra a maioria das vacinas obrigatórias no Brasil.

Além disso, uma vez por ano, no outono, assim como em outros países do mundo, acontece a campanha nacional de vacinação contra a Influenza. Diferentemente das outras vacinas – que têm dose única ou uma dose de reforço – a vacina contra a gripe tem duração de 12 meses e, por isso, deve ser tomada todos os anos. Outra diferença é que ela é oferecida de graça por poucos meses e somente para grupos de risco: crianças de seis meses a 5 anos; adultos a partir dos 60 anos; pacientes com doenças crônicas pulmonares, cardíacas ou metabólicas e com alterações de imunidade; gestantes; indígenas; privados de liberdade; profissionais de saúde; e professores da rede pública.

*G1/Bem-Estar



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