Microempresária morre após fazer procedimento para preencher bumbum

A microempresária Fernanda Assis morreu dias após realizar um procedimento estético de preenchimento dos glúteos no início da semana passada. Na quinta-feira, passou mal, mas só no dia seguinte foi levada para Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, onde morreu na tarde de sábado. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, a jovem chegou à unidade com lesões no glúteo e no rosto e com dificuldades para respirar.

Ainda não há informações sobre quem fez o procedimento e se o material usado em Fernanda Assis foi o polimetilmetacrilato (PMMA).

Segundo informações da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque), a polícia investiga se a causa da morte e as lesões foram ocasionadas pelo procedimento. Ainda conforme a Polícia Civil, a família não registrou a ocorrência, mas as diligências foram iniciadas assim que os agentes tiveram conhecimento do caso.

Fernanda Assis chegou ao Albert Schweitzer na manhã de sexta-feira. No dia seguinte, o quadro de saúde dela se agravou. Com complicações e dificuldades para respirar, precisou ser entubada. Ela morreu por volta das 14h.

Na início da noite de ontem, o namorado de Fernanda, Alex Fernando, fez uma homenagem em uma roda de amigos, em Nilópolis. Em uma transmissão pelo Facebook, lançou um alerta às mulheres:

— Alguém acha que a Fernanda precisava fazer alguma coisa? Vocês mulheres têm que saber que isso tem um preço. E a Fernanda pagou com a vida. Já tinha feito isso no bumbum uma vez. Ela saiu de casa sem eu saber. Eu era contra. No dia seguinte, acordou com uma ferida enorme.

No relato on-line, Alex contou ainda que a namorada não queria que ninguém ficasse sabendo do ocorrido.

— Insisti para ir ao hospital — acrescentou. — Na sexta, já acordou pedindo para levá-la. O médico olhou e mandou internar. Disse que Fernanda ficaria com um buraco no bumbum e que ficaria internada por seis, sete meses. Acho que, se saísse de lá, morreria de depressão, de tão vaidosa que a Fernanda era. A menina que fez o procedimento me ligou chorando para não falar para ninguém que foi ela que fez.

OUTROS CASOS

Desde que a bancária Lilian Calixto, de 46 anos, morreu na madrugada de 15 de julho, após passar por uma cirurgia com o médico Denis Furtado, o Doutor Bumbum, foram contabilizadas mais três mortes no Rio de Janeiro ocasionadas por falhas em procedimentos estéticos.

O caso de Lilian ganhou ampla repercussão. Ela viajou de Cuiabá para o Rio com o objetivo de realizar uma cirurgia de preenchimento dos glúteos, feita pelo Doutor Bumbum em uma cobertura na Barra da Tijuca. Após complicações, a bancária foi levada, ainda com vida, para um hospital particular também na Barra, mas morreu após quatro paradas cardíacas.

Cinco dias depois da morte de Lilian, a modelo Mayara Silva dos Santos, de 24 anos, morreu por causa de um procedimento estético no Rio. Mayara realizou intervenções nos glúteos, nas coxas, e também retirou gordura do abdômen, morrendo no dia seguinte após passar mal na companhia das amigas. Ela teria optado por fazer a cirurgia com um preço mais baixo.

A professora Adriana Ferreira Capitão Pinto, de 41 anos, também morreu em julho, depois de uma lipoaspiração no abdômen e um implante de gordura nos glúteos em uma clínica de Niterói. Segundo parentes, ela se recuperava bem da operação, mas passou mal em uma madrugada e morreu a caminho do hospital.

Denis continua preso, acusado de homicídio qualificado e associação criminosa.



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