Em 3 meses, Mais Médicos tem 1.052 desistências após saída de cubanos

Cerca de 15% dos médicos brasileiros que entraram no Mais Médicos após a saída dos cubanos desistiram de participar do programa nos primeiros três meses.

Dados obtidos pela Folha apontam que ao menos 1.052 médicos que assumiram entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano já deixaram as vagas. Ao todo, 7.120 brasileiros ingressaram nas duas primeiras rodadas de seleção abertas após o fim da participação de Cuba no Mais Médicos.

Além desses, a previsão era que outros 1.397 médicos, todos brasileiros formados no exterior, iniciassem atividades até o fim da última semana. O balanço dessas adesões ainda não foi divulgado.

Segundo o ministério, o tempo médio de permanência dos dois primeiros grupos de profissionais variou de uma semana a três meses. Os principais motivos relatados aos municípios para a saída foram a busca por outros locais de trabalho e por cursos de especialização e de residência médica.

Embora desistências já fosse esperadas, o registro de saídas dos médicos em menos de três meses de trabalho preocupa secretários de saúde. Isso porque, diante da possibilidade anunciada pela nova gestão de mudanças no Mais Médicos, ainda não há data prevista para reposição das vagas.

Em nota, o Ministério da Saúde diz que as vagas oriundas das desistências “poderão ser ofertadas em novas fases do provimento de profissionais ainda em análise”.

Em audiência no Senado na última semana, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a previsão é enviar ao Congresso um novo projeto para substituir o Mais Médicos ainda neste mês.

NÚMEROS DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS

7.120 médicos brasileiros ingressaram em duas rodadas de seleção abertas após o fim da participação de Cuba

1.052 desses profissionais deixaram as vagas

1.397 médicos brasileiros formados no exterior também foram selecionados para o programa

*Folha



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