O beija-flor existe, mas o grupo não. II

Atendendo ao pedido do leitor Flomário, volto a falar sobre o grupo Beija-flor. Seria justo comparar o Beija-flor com o Esporte Clube Bahia. Um grande time, com uma bela história de lutas e conquistas, com um bom passado, mas sofre no presente por falta de uma liderança capaz de unir e saber usar a sua força. Claro que política não é futebol. Ninguém pode dizer que o beija-flor está morto. A cada eleição ele surpreende, mas peca pela falta de organização, resultado da falta de um comando. O beija-flor tem eleitores capazes de dar uma boa votação a qualquer candidato, mas não o suficiente para decidir uma eleição. Quem decide é justamente essa nova geração que não vota por questão de grupo, ouve falar sobre isso apenas de seus pais. Essa turma que o beija-flor tem que conquistar, porque o voto de quem é beija-flor já está garantido. Quanto ao que eu afirmei no texto anterior sobre o fim do grupo, esclareço, o beija-flor não está acabando nem vai acabar, mas na idéia de grupo, de agregação de lideranças, não notamos mais. Ao contrário, ele está a cada eleição mais dividido. Até mesmo porque o que justifica a existência ou sentimento de união de um grupo é a luta contra seu adversário e hoje podemos afirmar que não existe mais essa história de Jacu. Exceto alguns saudosistas, o próprio prefeito não usa nem gosta desse termo, principalmente porque o grupo dele agrega ex beija-flores que detestam esta nomenclatura. Para o prefeito o grupo Jacu só existe na lembrança e no folclore da cidade e serve apenas como história. Hoje ouvimos falar em reunião do G10, do PMDB, do PT, do grupo do prefeito, mas não em reunião do beija-flor. Cadê aquelas reuniões que lotavam o auditório do Colégio Santo Antônio? Será que vai dar o mesmo público? Evidente que não. Porque quem levava aquelas pessoas era Humberto, Délcio, Dema, Dr. Leonel e outras lideranças que agora estão em grupos distintos. A estratégia de apostar no sentimento beija-flor dá votos, mas não o suficiente para decidir uma eleição. A prova está nos resultados das últimas eleições.



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