Xerife entra em campo na Ilha sem equipamento mas cheio de prosa

Em meio a essa discussão sobre a situação da Ilha de Itaparica, lembro que o problema não começou com o assasinato do velejador. Já vinha se prolongando desde antes do espancamento do casal de franceses na mesma marina. Pouco antes, um restaurante lotado de turistas já havia sido vítima de um arrastão criminoso.  Para ilustrar o descaso total com um dos mais belos paraísos do litoral brasileiro, vale lembrar que a delegacia da Ilha estava fechada no dia do crime, entregue às baratas e aos bandidos.  Agora a morte de Abel preocupa a todos e é destaque nos principais meios de comunicação do estado.  Apareceu a figura do novo delegado, Dr. José Magalhães – bigodudo no estilo xerife de velho oeste. Dá a entender que vai resolver a seu modo a situação da violência.  Magalhães gosta de dar declarações polêmicas – entre elas a de que bandido não deve ser preso duas vezes e que mulher não deveria ser delegada porque não tem pulso firme.  Foi muito criticado. Os grupos de direitos humanos já começam a se manifestar preocupados com os métodos do novo delegado que tem fama de durão. Tem gente entendendo que ele vai resolver na bala e que só a presença dele já é suficiente para afastar os bandidos.  Várias pessoas ligaram para as rádios de Salvador para comentar essa figura que apareceu na mídia baiana.  Só que é preciso situar as coisas na realidade – sem equipamento não tem como ele resolver coisa alguma. Vai ficar só na promessa. Afinal qual é esse super homem que vai resolver a questão da segurança pública no grito, sem viatura e contingente num dos pontos turísticos mais frequentados da Bahia?



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