O PESCADOR SOLITÁRIO

O dia amanheceu, vou pro mar, vou pescar!?
? tarde volto fatigado, enfim vem a noite:
horas felizes, alegres, com Felicidade!?
Esque?o o mar, a pesca, a fadiga,
a manh? ser? outro dia!?
O meu pensamento nesse momento se converge
somente para o sorriso, o olhar e o corpo perfeito
de Felicidade? Chego a ficar sem jeito!?
S?o momentos felizes, alegres, que retrocedem?
O dia amanheceu, vou pro mar, vou pescar!?
Mas, levo comigo muito otimismo
e as lembran?as dos beijos, das car?cias,
dos sorrisos, dos olhares e do corpo perfeito de Felicidade!?
Enfim: As lembran?as de tudo isso fazem os segundos,
os minutos, as horas, se passarem mais de pressa
e a vida mais f?cil de ser vivida!?
Felicidade, meu mar, minha pesca, minha fadiga!?
Um dia, um pescador solit?rio me disse:
? Amigo Joscar, posso dizer que eu tenho uma vida feliz? Uma vida de c?nticos, de flores e de amores!?
? Qual o motivo desta vida feliz?!?
? ? porque em minha cabana modesta, ou?o pela manh? e ? tarde, os p?ssaros em festa!? Em meu mundo repouso calmo e tranq?ilo, olhando o luar e as ondas do mar!?
? Posso dizer que tamb?m tenho uma vida feliz!?
? Por qu?? Amigo Joscar??
? Porque em meu sono calmo e tranq?ilo, ou?o passos l? fora!?
? Que passos s?o estes, amigo Joscar?!?
? S?o passos da felicidade, rondando ? minha cabana!?
Prossegue o pescador solit?rio:
? Amigo Joscar, em uma madrugada desta, bateram ? minha janela!?
? Quem ser? que batia em sua janela, ?quela hora da madrugada?!?
? N?o sei, n?o sei!? Foi o que mim perguntei: ? quem ser? que vinha ? procura de um pobre pescador solit?rio?!? Eu n?o tinha nada a oferecer, aqui dentro tudo ? vazio!?
? Por que n?o bateram ? sua porta?!?
? ?. Olha amigo Joscar, n?o adianta ficar aqui fazendo conjecturas: eu vou lhe dizer quem foi? Imediatamente abri a janela e ela entrou?
? Entrou pela janela?!? Quem?!?
? ? Felicidade!? Prosseguiu o pescador solit?rio: ? e hoje amigo Joscar, cansado, pensativo e agora tristonho, eu chego ? minha cabana; ? minha cabana modesta!? Eu vivo agora sempre s?: com os meus cansa?os, pensamentos e tristezas!? O que me traz um pouco de alegria, s?o os p?ssaros em festa, quando os ou?o pela manh? e ? tarde!? Antes a minha vida era de c?nticos, de flores e de amores!? Agora, ? noite, s? ou?o as ondas do mar, s? vejo o luar ou noites escuras!? Sim, eu vivo sempre s?: sem ningu?m, sem amor; sou um pobre cansado, pensativo e agora tristonho pescador!?
? O que aconteceu com voc?, pescador solit?rio??
Ele me respondeu:
? Eu vivo sempre s? amigo Joscar, porque um dia ela destruiu o nosso amor, partindo inexplicavelmente, deixando-me somente? Saudades!? Saudades!?E hoje, depois de tantos anos, ainda encontro-me cansado, pensativo e tristonho; n?o posso mais sair de casa pra pescar!? Agora: dia e noite; noite e dia; s? ou?o os p?ssaros em festa, s? ou?o as ondas do mar, n?o vejo mais o luar; s? vejo agora noites escuras!?
Eis que um dia amigo Joscar, desta feita bateram ? minha porta, perguntei com ansiedade:
? Quem bate??
L? fora respondem:
? Sou eu, Felicidade!?
Abri a porta e ela entrou, s? que chegou, tarde demais!?
Finaliza o pescador solit?rio:
? Amigo Joscar, o mar me vendo assim, um dia me deu uma m?sica: O sussurro suave de sua voz deitada sobre a areia, era a m?sica do mar!? L?, n?s ?amos nos amar!? Naquela noite escura, naquele lugar silencioso, os nossos corpos unidos, entrela?ados: o suor, o calor, a m?sica do mar!? Um dia, o murm?rio doce se foi: naquela noite escura, naquele lugar silencioso, agora tamb?m eu fico pensando, sonhando, calado!? N?o ou?o mais a m?sica do mar!? E sozinho naquela areia fria e solit?ria como eu, eu grito aos quatro cantos do mundo ? Sereia, minha sereia, volte, volte? ? Mas, sou ou?o bem no fundo, o meu eco? A?, amanheceu? E eu perdi pra sempre, amigo Joscar, a m?sica, a m?sica que o mar me deu!?



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