Aplicativo de criado por estudantes pode ajudar no combate ao suicídio

Crédito da Foto: divulgação/Educa Mais Brasil

 

Alunos do ensino médio técnico integrado em Informática do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), do campus Xanxerê, desenvolveram o aplicativo Safe Tears, aplicativo que monitora o estado emocional do usuário. A partir dos resultados, o usuário recebe mensagens motivacionais e alertas para a necessidade de procurar ajuda médica.

Na tradução para o português “Safe Tears” significa “lágrimas seguras”. Nesse aplicativo, cada usuário recebe uma pontuação conforme as suas informações pessoais e o resultado passa a ser monitorado pelo próprio usuário. O projeto foi um dos finalistas da competição “Technovation Challenge”, que aconteceu em agosto nos Estados Unidos. A ideia para a criação do aplicativo surgiu das estudantes Ana Júlia Giacomeli, Anna Carolina Ferronato da Silva, Clara Noemi Pithon da Silva, Emanuela Maraskin e Jhuly Kefny da Silva Carvalho. Já a motivação, surgiu de uma aula do professor de informática do IFSC, Alex Weber.

A produção envolveu a união de diversas áreas da instituição e, para a concretização, as estudantes ouviram psicólogos que contribuíram orientando o projeto. O professor Weber ressalta que o projeto “é um marco para a cidade e a região e ampliará os horizontes dos jovens e especialmente das meninas para a área da tecnologia. Elas estão abrindo uma porta gigante”.

A interface do aplicativo contém um copo e, conforme as respostas do usuário, ele vai enchendo com lágrimas virtuais, o que gera uma porcentagem correspondente à capacidade do recipiente. Assim, com até 50% do copo cheio o usuário recebe mensagens motivacionais para não ficar mais triste. Acima disso, ele é orientado a procurar ajuda profissional. No app há ainda a possibilidade de cadastrar uma pessoa de segurança para receber alertas sobre o estado mental do usuário.

Educação

Nessa atuação, a escola pode ajudar de diversas formas desde a prevenção até o encaminhamento a um psicólogo, conforme pontua a psicóloga Sabrina Costa Filgueira: “A escola pode ajudar os alunos a estarem conectados com a vida. Por exemplo, promover atividades dos mais diversos tipos que estimulem o vínculo, a troca de afeto e a expressão do sentimento, além de fazer com que alunos criem espaço de transparência e diálogo.”

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, ficando atrás apenas dos acidentes de trânsito. O Brasil ocupa a lista como o 8º país com maior índice de autoextermínio. As estatísticas envolvendo o assunto chamam a atenção para o diálogo acerca do tema, a fim de prevenir mais casos.

Setembro Amarelo

O mês de Setembro é instituído como o mês de alerta para a prevenção ao suicídio. A campanha nacional chama a atenção para a necessidade de discutir o assunto, uma vez que nove em cada 10 mortes por autoextermínio podem ser evitadas, de acordo com a OMS.

No Brasil, a campanha Setembro Amarelo foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O movimento tem como objetivo dar mais visibilidade à causa por meio de pinturas e iluminação estampando a cor amarela, sobretudo, nos principais monumentos de todo o Brasil.

Links úteis

Abrata
Centro de Atenção Psicosocial (CAPS)
CVV – ligue 188
Movimento Conte Comigo, Prevenção a Depressão

 

*Aratu Online



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