Mãe de estudante morta no Campo Grande nega versão de terceiro atirador

“Não existe! Eu ouvi muito bem na hora do estampido e foi direcionado para Cristal”

Mãe de Cristal Pacheco, adolescente de 15 anos morta durante um assalto no Campo Grande, Sandra Pacheco negou uma versão de que o tiro que atingiu a filha possa ter partido de uma terceira pessoas – duas mulheres abordaram Sandra e as filhas para anunciar o assalto. Uma delas estava com uma arma de fogo e uma faca. As duas suspeitas já foram presas.

Em vídeo que circula nas redes sociais, a primeira suspeita presa, Gilmara, fala que foi “um cara da moto que meteu a bala”. Ela também ficou ferida, atingida de raspão no braço.

“Não existe! Eu ouvi muito bem na hora do estampido e foi direcionado para Cristal. Agora ela (Gilmara) estava próxima, o que pode ter acontecido é ter pego de raspão nela e atingido minha filha em cheio. Ela pode ter se machucado em um outro momento, mas não houve uma terceira pessoa que atirou. Eu estava presente, eu vi o momento e vi a arma na mão dela, juntamente com a faca”, disse Sandra em entrevista à TV Aratu.

A mãe contou que ao ser abordada contou que não tinha celular, mas a assaltante pediu o relógio e a aliança. Quando foi tirar o relógio, o disparo aconteceu. As armas estavam com a segunda suspeita, que tem cabelo aloirado, segundo Sandra. “Acho que na hora em que ela tentou manusear a arma para puxar o relógio, a arma disparou na direção de Cristal”.

As duas mulheres saíram depois do tiro e Sandra só notou que Cristal tinha sido atingida quando viu a filha escorregar pela parede do Palácio da Aclamação. Algumas testemunhas se aproximaram e uma delas era médica, tentando ajudar Cristal, mas a menina não resistiu ao tiro no peito, morrendo ainda no local.

Sandra lamentou a perda da filha. “Dilacerada, não tenho nem palavras para dizer. Foi uma coisa inesperada, estou sem chão. Minha primeira filha, tinha acabado de fazer 15 anos. Era uma filha muito amada, muito querida. Tirou um pedaço de mim”, disse.

Até agora, a Polícia Civil só trata o caso com duas suspeitas – ambas já presas. Gilmara Daiam de Sousa Brito foi presa no dia do crime e confessou envolvimento no crime, mas negou ter atirado. Andréia Santos Carvalho se apresentou nesta quinta (4), após ter prisão temporária decretada pela Justiça.

Abordagem
A mãe contou que chegou a achar que o revólver era falso. “Não conheço arma de fogo, me parecia ser plástica. Pequena, a bitolinha bem pequena. E ela estava com uma faca peixeira de cabo branco”, disse. “Uma só, a do cabelo pintado de aloirado”.

Logo depois da abordagem houve um disparo – toda situação foi rápida. “Ouvi um pá, mas não tinha percebido que tinha acertado, porque não vi sangue. Inclusive quando teve o tiro eu olhei e minha filha tava na mesma posição, encostadinha no muro. E Fernanda mais adiante um pouco”, disse, citando também a filha mais nova, que não ficou ferida.

Quando as duas mulheres saíram em fuga, atravessando a pista sem levar nada, a mãe notou a filha desfalecendo, e mesmo assim não notou sangue na menina. Um homem parou para ajudar e disse que Cristal ainda tinha pulso. “Depois, olhei e sob o escudo da farda começou a sujar um pouco. E quando eu suspendi eu vi aquele pontinho”. A mãe disse que chegou a ficar mais tranquila porque parecia um ferimento superficial.

Uma auxiliar de enfermagem e uma médica que passaram pelo local pararam para ajudar também. Foi a médica quem constatou que Cristal já estava sem vida.

Fonte: Correios

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