Durante o Primeiro Encontro Nacional de Integração do Associativismo, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) comentou sobre o cenário político que se desenha para as eleições de 2026. Embora tenha manifestado anteriormente a intenção de disputar a reeleição ao Senado, o parlamentar adotou um tom mais cauteloso e afirmou que ainda é cedo para tratar do tema. A entrevista foi concedida ao Bahia Notícias, parceiro do Blog do Valente.
“Ainda bem que esfriou. Vamos pensar em política no ano que vem. Foi muito extemporâneo começar a tratar de um pleito que ainda estamos a quase 24 meses de acontecer”, declarou Coronel, referindo-se à movimentação política que se intensificou após o Carnaval.
Apesar de minimizar as discussões sobre sua candidatura, o senador garantiu que o PSD não ficará de fora das eleições. “O PSD tem que estar no jogo, porque é o maior partido da Bahia e do Brasil. A nossa ideia é termos candidaturas ao Senado em todos os estados, e a Bahia não vai ficar de fora”, reforçou.
Coronel também abordou a relação do PSD com o governo da Bahia, atualmente liderado por Jerônimo Rodrigues (PT), e as pressões em torno do posicionamento do partido frente à anistia de envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Segundo ele, o PSD se caracteriza por sua liberdade interna, permitindo que as alianças políticas sejam definidas conforme a realidade de cada estado. “Não é o PSDB ou o PSD nacional que vai proibir alguém de apoiar o governo Jerônimo. Cada estado tem sua dinâmica e suas preferências. Temos que respeitar isso”, pontuou.
O senador finalizou com uma metáfora futebolística para defender a pluralidade política: “Já pensou se todo mundo torcesse pelo Bahia? Não teria a torcida do Vitória. É importante que as pessoas tenham liberdade para agir, se expressar e conduzir sua vida política.”
