Estabelecimentos tentam lucrar com preços abusivos de álcool em gel e máscaras na Bahia

Desde o dia 6 de março de 2020, baianos vivem apreensivos com a chegada do novo coronavírus na Bahia. Atualmente, com 10 casos confirmados, a tensão e o desespero começam a fazer parte da vida da população que, muitas vezes, estocam em suas residências as principais medidas de proteção, como o álcool em gel e as máscaras hospitalares, por causa da progressividade dos casos positivos ao covid-19.

Para os estabelecimentos, que vendem esses dois produtos, parece ser a oportunidade “perfeita” para lucrar em cima do medo dos clientes, que têm realizado diversas denúncias ao BNews sobre os preços abusivos. “Aqui em Feira de Santana, as caixas das máscaras estão custando R$ 79”, disse uma leitora.

“Sim, me cobram R$ 195”, reclamou outra.

De acordo com o superintendente da Proteção e Defesa do Consumidor nqa Bahia (Procon-BA), Filipe Vieira, os estabelecimentos que tiverem com práticas irregulares de preços podem pagar multas entre R$ 600 e R$ 6 milhões. “A multa varia de acordo com o preço abusivo que estiver sendo praticado, ou seja, quanto maior o abuso provavelmente maior a multa”, completou.

Por outro lado, o Procon também está analisando algumas medidas necessárias para conter as práticas irregulares dos estabelecimentos, como a fiscalização nas farmácias que forem alvos de denúncias dos consumidores, e articulação nacional com a Defensoria Pública e Ministério Público para realizar uma ação civil pública e ajuizar as empresas que estão cobrando os preços abusivos.

Além disso, ressalta-se que os clientes, que se sentirem lesados, devem denunciar os estabelecimentos e guardar a nota fiscal para solicitar o reembolso do valor. “A gente está recomendando aos consumidores, que não tenham alternativa e precisem realizar essa aquisição, que comprem o produto, tenham a nota fiscal e pedir o reembolso do valor dada a abusividade da cobrança”, explicou Filipe Vieira.

Recomendação ao consumidor 

Os consumidores também devem fazer a sua parte. Conforme o superintendente, a orientação é que sejam adquiridos o álcool em gel e máscaras aqueles que já estejam doentes. Porque, em tese, as corridas às farmácias são desnecessárias no caso de pessoas que não estão acometidas.

 



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