Cavalo Marinho: entenda a condenação de dono, engenheiro e empresa em tragédia

São quase três anos desde o acidente da embarcação Cavalo Marinho, na Baía de Todos os Santos, evento que chocou todo o país e causou 19 mortes, deixou 59 pessoas feridas, além de sequelas e traumas para os que sobreviveram e perderam familiares.

A investigação apurou que a principal causa da tragédia foi a instabilidade da embarcação por “problemas construtivos”, entre eles, um lastro solto. Isso não conseguiu ser detectado porque, segundo o julgamento, o barco não passou pela prova de inclinação nem pelo estudo de estabilidade depois de ter sido reformado. Os responsáveis teriam ciência desse fato e, mesmo assim, permitiram que a lancha fizesse a travessia.

Além do forte balanço das ondas, o agravante para o acidente foi a concentração de pessoas na parte de cima do barco, que, aliado ao lastro solto, fez com que ele tendesse para a esquerda e tombasse em alto-mar. Das 116 pessoas que estavam à bordo, 95 estavam na convés superior e 25 no inferior, de acordo com a estimativa do comandante Osvaldo Coelho Barreto, que foi inocentado no julgamento.

A partir dessas conclusões, a corte proferiu pena para o engenheiro Henrique Ribeiro, que está proibido de exercer a função de responsável técnico em qualquer Capitania de Portos por cinco anos.

Ao sócio da CL Empreendimentos, Lívio Galvão, foi aplicada uma multa de R$ 10.860 reais – a ser corrigida pelo setor de execução da corte – e a empresa à qual a Cavalo Marinho I pertencia não poderá mais construir barcos, pois teve o registro de armador cancelado pela Marinha.

Fonte: Correio



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