Brumadinho: dois anos após tragédia da Vale, quatro cidades do entorno ainda sofrem com impactos

Após dois anos do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, o saldo da tragédia ainda é um pesadelo. Além das famílias de 270 pessoas mortas pelo colapso, ao menos 52 mil moradores de 26 cidades ainda lutam na Justiça para provar que também foram afetados pelo estouro do reservatório de rejeitos de mineração, no dia 25 de janeiro de 2019.

No Córrego do Feijão, comunidade que dá nome à mina da Vale onde ocorreu o rompimento, quem quer continuar no local diz que tem medo do vazio do distrito. Os moradores relatam que está acontecendo uma expulsão indireta. A Vale compra imóvel das pessoas e não faz nada com as casas, que ficam abandonadas. Eles temem que a memória do lugar fique encoberta por mato.

Segundo o relatório feito pela Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas), contratada como assessoria técnica independente, por determinação da Justiça, 62,51% dos atingidos não exercem nenhum tipo de atividade remunerada em Betim, Juatuba, Mário Campos e São Joaquim de Bicas.

O relatório aponta ainda que cerca de 60% das famílias atingidas têm irregularidades no abastecimento de água. Desde a suspensão do uso da água do Paraopeba, os moradores sofrem problemas no abastecimento.

As informações são do site G1 e portal Uol.



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