Como cantava Dorival Caymmi: “Dia dois de fevereiro. Dia de festa no mar. Eu quero ser o primeiro para saudar Iemanjá”. Embora a divindade seja cultuada em diferentes épocas do ano pelo Brasil, é nesta data que Iemanjá recebe as reverências mais famosas, principalmente na Bahia, com a tradicional festa que é realizada no Rio Vermelho, em Salvador. Na ocasião, os devotos se dirigem as águas para entregar suas oferendas à Rainha do Mar.
O iBahia conversou com os Babalorixás Pai Ducho de Ogum, do Terreiro Ilê Axé Awa Ngy, e com Idelson Salles, do Ilê Axé Ogunjá, para entender melhor como funciona a escolha dos presentes e a celebração, que este ano será diferente em virtude da pandemia do novo coronavírus.
É importante salientar que o dia de reverência Iemanjá é relativo e cada terreiro tem seu calendário específico de homenagens. Como a celebração se tornou tradição no dia 2 de fevereiro, na capital baiana, acabou sendo um dia especial também para os terreiros. Além disso, a entrega de presentes pode ser feita em outras localidades para além da praia do Rio Vermelho – a preferência é que seja em local de água.
Importância da celebração
“A gente só constrói uma sociedade forte preservando a nossa história e projetando o futuro através da nossa sociedade”, disse ACM Neto, que também pontuou que Salvador é a capital da diversidade e que a gestão municipal precisa saber estimular e respeitar o convívio com as diferenças, inclusive religiosas.
(iBahia)