Salvador: professora ‘mora’ no aeroporto após ter salário suspenso e não conseguir mais pagar aluguel

Oceya trabalhava no Colégio Thales de Azevedo | Foto: Rafael Martins/Uol

Uma professora de português da rede estadual da Educação da Bahia chamada Oceya de Souza, de 55 anos, “mora” no aeroporto de Salvador desde janeiro deste ano. Ela passa os dias e noites no terminal desde que não conseguiu mais pagar aluguel. A educadora se afastou do trabalho devido a um problema de saúde. A educadora deixa o aeroporto de Salvador apenas para buscar doações.

Oceya dava aulas no Colégio Thales de Azevedo, no bairro Costa Azul, e foi diagnosticada com fibromialgia, doença que causa dor e fraqueza muscular generalizada. As informações são de reportagem do portal Uol Tab.

À reportagem, a professora relatou que teve a solicitação de aposentadoria negada pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Ela fala ainda em perseguição por parte dos funcionários da escola e da SEC.

A situação dela segue indefinida e a impede de conseguir empréstimos e ter acesso a benefícios sociais, segundo o relato. Oceya diz já ter procurado a Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública para resolver o problema.

Contatada pela reportagem do Uol, a SEC informou que Oceya de Souza é servidora desde 2000, mas depois de tirar sucessivas licenças médicas e afastamentos por licença-prêmio, ela teria se ausentado do trabalho. Inicialmente, segundo a SEC, a professora havia ficado quatro meses fora da folha de pagamento, entre outubro de 2009 e fevereiro de 2010. No mês seguinte o salário foi reestabelecido, mesmo com a professora sem exercer atividades, como resultado de um processo judicial.

A SEC também informou que em 2013 Oceya pediu exoneração, mas a soliticação não foi atendida porque a Secretaria da Educação considerava uma situação de abandono de cargo. O salário foi suspenso em 2018, “porque a servidora não realizou o recadastramento obrigatório”.

A reportagem também traz a informação de que a SEC apontou que Oceya teria faltado à perícia médica em duas ocasiões e a avaliação faz parte do processo de aposentadoria.

Oceya, por sua vez, afirmou ao Uol que não faltou, e que houve confusão no preenchimento da documentação.

 

*BN


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