CASO PARAÍSO PERDIDO: Ex-detenta seria provável pivô de discussão entre Léo Troesch e Shirley Figueredo, diz delegado

De acordo o delegado, Léo não aprovava amizade entre Shirley e ex-detenta
Delegado Rafael Magalhães é responsável pelas investigações da morte do empresário Léo Troesh da Pousada Paraíso Perdido

A Polícia Civil divulgou novas informações sobre a investigação da morte do empresário Léo Troesch, da Pousada Paraíso Perdido, na cidade de Jaguaripe. O empresário foi morto por um tiro na região da cabeça na noite de 25 de fevereiro.

Uma das principais testemunhas do caso era funcionário da Pousada e também seria homem de confiança do empresário. Marcel Vieira, também conhecido como Bily, foi encontrado morto nesta segunda-feira (07) no distrito de Camassandi. Conforme o Delegado Rafael Magalhães, responsável pelo caso, Marcel foi morto no mesmo dia em que prestaria um novo depoimento, mais detalhado sobre o caso.

Marcel Vieira, também conhecido como Bily, foi encontrado morto no dia em que prestaria novo depoimento

Ao Blog do Valente o delegado disse que a polícia investiga a possibilidade de queima de arquivo e afirmou que um suspeito pelo crime já foi identificado.

“As duas linhas de investigação são a do envolvimento do Marcel com o tráfico de drogas, mas há uma coincidência de que no dia em que prestaria novo depoimento ser morto. Então estamos trabalhando também com a hipótese de queima de arquivo. Ainda não há uma afirmativa, pois até então, a morte do empresário é tratada como um possível suicídios e precisa de conclusão”, explica.

Ainda conforme o Delegado Rafael Magalhães o suspeito da Morte de Marcel foi identificado pelo codinome ‘Zarolho’. Uma mulher, que seria companheira de Bily e irmã do suspeito, foi detida para prestar esclarecimento e em depoimento ela teria confessado que Zarolho teria comprado drogas para Bily e posteriormente teriam saídos juntos e não retornaram.

Marcel foi encontrado em uma região de manguezal, despido, com marcas de agressão, cortes provocados por facadas e um tiro na região do pescoço.

Um outro capitulo do mistério que ronda a morte do empresário é o sumiço da viúva, Shirley Figueredo que, segundo a justiça é considerada foragida após descumprimento de medida cautelar.

Como Shirley é considerada uma testemunha importante para as investigações, já que foi a última pessoa a ver o empresário vivo e estaria no local do crime, ela não poderia ter deixado a Pousada, onde residia, por ainda responder em prisão domiciliar, pelo crime de sequestro ocorrido em 2001.

“Um advogado de Shirley esteve ontem pela manhã na delegacia de Jaguaripe para negociar a apresentação dela, que estaria em outro estado. Mas não podemos divulgar detalhes para não atrapalhar nas investigações.

A Polícia disse ainda que uma segunda pessoa também é considerada peça chave desse quebra-cabeças, que envolve as mortes do empresário e de Marcel.

O Delegado Rafael Magalhães afirmou que durante o período em que esteve presa, Shirley conheceu uma mulher, Maqueila Bastos, e se tronaram amigas. Maqueila Bastos responde a mais de 30 inquéritos por estelionato e é considerada uma das lideranças do Presídio Feminino de Salvador.

Maqueila era uma das lideranças do Presídio Feminino em Salvador – Imagem: Divulgação

Ainda conforme o delegado, Maqueila chegou a ficar hospedada na pousada, a convite de Shirley mesmo à revelia de Léo e saiu cerca de duas semanas antes da morte do empresário.

“Ainda não sabemos qual a relação com a morte do Léo Troesch. Não podemos afirmar, mas o que sabemos até então é que ela não se dava bem com o empresário. Leandro não queria Maqueila na pousada, tanto que a mandou embora. Ela é perigosíssima. Era uma das lideranças do Presídio Feminino de Salvador”, salientou.

Ainda conforme o delegado, a polícia apura que se a briga do casal, momentos antes da morte do empresário teriam sido por conta da presença da ex-detenta.

Maqueila foi intimada a depor, no entanto a polícia não a localizou em domicílio indicado.

“Preciso tomar o depoimento dela. Ela conviveu aqui dias antes de tudo acontecer. Deve ter algo que possa acrescentar à nossa investigação. Não a encontramos em lugar algum e, por isso, faz-se necessário a prisão para que possamos interrogá-la”, declarou o delegado Magalhães.



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