Nessa quinta-feira (24), aconteceu uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Conceição do Almeida, para buscar conciliação da prefeitura com as famílias que invadiram o antigo terreno da ABDA.
A audiência teve início às 10h30 e encerrou às 17h.
Assim, a prefeitura apresentou a proposta de pagar 18 meses de aluguel social, cesta básica em torno de R$ 200 a R$ 300 e credenciar todas as famílias no CRAS.
Contudo, as famílias recusaram a oferta.
Enquanto o processo continua em andamento, as famílias permanecem no terreno.
Para o juiz de Direito, Dr. Filipe Pacheco, da Comarca de São Felipe e substituto da Comarca de Conceição do Almeida, o papel do poder judiciário nessa ocasião foi tentar mediar, buscar uma saída consensual entre os envolvidos.
“Fui ao local, fiz inspeção judicial para tentar entender a situação dos envolvidos, ouvi todos lá. O intuito é que o poder judiciário sirva como apaziguador dos conflitos sociais, o juiz tem que entrar numa situação de conflito para apaziguar e não para criar mais problemas. Aqui estamos para além das questões políticas e do grupo do prefeito, e sim, estamos tratando uma questão do estado, direitos das pessoas, política de estado”, disse ao repórter Antônio Carlos.
Defensor público e advogados das famílias
O defensor público, Dr. Maurício, pontuou que a proposta não atendeu as expectativas das pessoas, por isso a recusa.
“A defensoria pública vai fazer sua manifestação processual em defesa dessas pessoas”, pontuou.
A prefeitura não quis se manifestar após a audiência.
A audiência contou também com a presença dos dois advogados das partes; prefeito Ito de Bêga; presidente da Câmara Municipal, Glaucia Araújo; representante do Ministério Público da Bahia, Drª Sônia e representantes da CUT.